Cidades

Polícia Civil prende acusados de fraudar consórcio de Corumbá III

Investigadores coletam provas de crimes como estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Quatro suspeitos estão presos

Juliana Andrade
postado em 03/07/2019 08:18
Mandados foram cumpridos no Distrito Federal, Goiás e São Paulo A Polícia Civil investiga uma série de irregularidades praticadas contra o Consórcio Empresarial de Corumbá III, responsável pela exploração e administração da Usina Hidrelétrica de Corumbá III, localizada em Luziânia. Nesta quarta-feira (3/7) os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão e quatro de prisão, no Guará, em Luizânia e Aparecida de Goiânia, em Goiás, e em Campinas (SP), onde um ex-diretor presidente do consórcio foi preso.
A operação batizada de Espelho d;água visou coletar provas dos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos superfaturavam contratos, realizavam contratações fraudulentas e pagamentos extras para empresas "espelhos". As investigações apontam que o grupo fechou contratos no valor de até R$7 milhões, entre 2013 e 2014.
O delegado Wisllei Salomão, da Coordenaçao de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), explica que incialmente os desvios eram feitos por meio de empresas de fachadas. ;Eles superfaturavam contratos através de empresas espelhos, ou seja, com nome parecido com as que eram contratadas. O gestor de contrato desviava parte do dinheiro para elas e depois fazia um aditivo para pagar a empresa original;, detalhou.

Em seguida, a fraude passou a ser feita com companhias fictícias ou até mesmo inexistentes. ;Alguma delas contratavam empresas terceirizadas e faziam parte do serviço. Em um contrato de R$200 mil, por exemplo, a empresa terceirizada fazia o serviço por R$60 mil;, explicou.

As empresas falsas funcionavam em endereços residenciais. A polícia apura o caso desde 2015, quando a empresa do consórcio constatou o desvio.


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