Renata Rios
postado em 06/07/2019 16:44
Desde que a Rodoviária do Plano Piloto foi interditada após risco de desabamento, em 26 de junho, passageiros e trabalhadores do local esperam pela reforma. As obras estavam previstas para ocorrerem neste fim de semana, segundo chegou a informar o secretário de Obras, Izídio Santos. Entretanto, o Governo do Distrito Federal (GDF) prorrogou para semana que vem.
Erica Soares Eguez, 40 anos, dona de casa, passa no local uma vez por semana. Apesar da frequência espaçada, ela não duvida da necessidade de cuidar do espaço. "Passo aqui todo sábado há um ano e meio. Como é um dia mais tranquilo, essa situação não chegou a me atrapalhar, mas dá para ver que aqui esta precisando de obras", diz.
Agnaldo Alves tem 51 anos e está afastado do trabalho por problemas de saúde. Ele reclama da dificuldade de locomoção do espaço, que está com elevadores e escadas rolantes fora de funcionamento. "Aqui está péssimo. É uma brincadeira com a população. Para um deficiente, aqui é uma pedra no sapato. Ficou uma bagunça, os elevadores e escadas rolantes não funcionam, falta organização." Para Agnaldo, o problema não é recente: "O que vejo aqui é dinheiro circulando e as obras paradas. Era para terem começado a verificar a estrutura há 10 anos", relata.
Enquanto a parte superior aguarda as medidas necessárias, na parte inferior do espaço é possível observar uma grande região interditada. O motivo seriam obras de manutenção do espaço. Amaro Alves, 51 anos, autônomo, pondera que o espaço passa por obras constantes e critica a eficiência das intervenções no espaço. "Toda hora tem alguma obra e gente dizendo que está melhorando a infraestrutura", ressalta.
A informação é reforçada pela vendedora Marcela Daniela, 30 anos. "Aqui está sempre em obras. A gente vê que troca administrador, troca governo e a situação não melhora. São muitas obras que começam e não são finalizadas", se manisfesta.
Prejuízo ao comércio
Entre quem trabalha no local, o clima é de tensão devido queda do movimento. Poliana De Paula Pereira, 30 anos, é caixa de uma lanchonete da plataforma superior e informa que o movimento caiu mais da metade. O colega dela, Dimião Pereira, 30 anos, é atendente na mesma lanchonete. Ele também relata uma queda no movimento.
Lucas Reis, de 43 anos, trabalha como comerciante em outro estabelecimento ne também se queixa do baixo movimento no local. "O movimento caiu 70%", lamenta.
O que diz o governo
Em matéria publicada na Agência Brasília, o GDF informou que, por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), vem fazendo uma corrida contra o tempo para que a recuperação estrutural da Rodoviária do Plano Piloto ocorra rapidamente, com menos impacto às pessoas que transitam e trabalham no terminal.
Segundo a matéria, após a interdição de parte da plataforma superior, no dia 26 de junho, o GDF previu um prazo de 20 dias para dar início aos trabalhos ; data que conseguiu ser antecipada, segundo o GDF, graças ao esforço de técnicos e engenheiros. A contratação da empresa vencedora será imediata, assim como o início do serviço.
Entre as intervenções necessárias no local, o texto cita a demolição das duas extremidades da cobertura e o uso de fibra de carbono, uma tecnologia de ponta para garantir a segurança e agilidade na obra.
Segundo a matéria, após a interdição de parte da plataforma superior, no dia 26 de junho, o GDF previu um prazo de 20 dias para dar início aos trabalhos ; data que conseguiu ser antecipada, segundo o GDF, graças ao esforço de técnicos e engenheiros. A contratação da empresa vencedora será imediata, assim como o início do serviço.
Entre as intervenções necessárias no local, o texto cita a demolição das duas extremidades da cobertura e o uso de fibra de carbono, uma tecnologia de ponta para garantir a segurança e agilidade na obra.