Cidades

UPAs do DF voltarão a receber verbas federais dentro de três meses

As Unidades de Pronto Atendimento do DF estão sem receber o repasse mensal do Ministério da Saúde, de R$ 500 mil, desde 2017, por causa de supostas irregularidades. Secretaria anuncia a entrega de três Unidades Básicas de Saúde até dezembro

Caroline Cintra
postado em 13/07/2019 07:00
UPA de Ceilândia é uma das seis unidades da capital que estão sem receber recursos da União há dois anos: retomada acontecerá em até três meses, segundo a Secretaria de SaúdeAs Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Distrito Federal devem voltar a receber recursos federais em três meses, após dois anos de suspensão do repasse. Além do investimento local, que varia entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões mensais para custos operacionais, as seis unidades ; Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho ; ganharão, mensalmente, R$ 500 mil do Ministério da Saúde.

O anúncio foi feito pelo secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, nesta sexta-feira (11/7), em apresentação do balanço das ações da pasta nos primeiros seis meses de governo. As UPAs não recebem os recursos federais desde 2017. Segundo Okumoto, a suspensão do apoio ocorreu por causa da ;precariedade no funcionamento na gestão passada;, além de as UPAs precisarem atender uma série de requisitos básicos, como infraestrutura, ar-condicionado e banheiros em bom estado.

Para reabilitar as unidades, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) realizou reformas e manutenção em todas elas. O investimento total das obras soma mais de R$ 469 milhões. ;Nós abastecemos as UPAs, colocamos pessoal, melhoramos a infraestrutura e demos entrada na documentação junto ao Ministério da Saúde. Inclusive, representantes da pasta visitaram algumas unidades in loco;, afirmou o diretor-presidente do Iges-DF, Francisco Araújo.

Números positivos

Em meio à maior epidemia de dengue no Distrito Federal, à carência de leitos em hospitais e à falta de atendimento em unidades, a Secretaria de Saúde faz uma avaliação positiva dos seis meses da atual administração. No semestre, a pasta realizou 31.162 procedimentos cirúrgicos, em 14 hospitais da rede pública. Do total de intervenções, 16.889 foram de urgência e emergência.

Osnei Okumoto destacou que houve também uma ampliação no número de vagas do serviço de atenção domiciliar de alta complexidade, que passou de 50, em 2018, para 70, em 2019. Com isso, as vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram liberadas. Em termos de economia para o Governo do Distrito Federal, equivale à disponibilização de 30 novos leitos.

;Evoluímos muito em aquisições, mas queríamos muito mais, ofertando melhores condições. Mas nossa avaliação global é muito boa, com a abertura de mais leitos de internação e de UTI e centros cirúrgicos, a disponibilização de medicamentos, inclusive de alto custo, e o tratamento para os pacientes, com apoio do Ministério de Saúde. Daqui a seis meses, mostraremos índices muito melhores;, disse Okumoto.

De 1; de janeiro a 30 de junho, a Secretaria de Saúde entregou três Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em Planaltina, Santa Maria e na Estrutural. Ainda, deve entregar outras três até dezembro, que estão em construção no Recanto das Emas, Samambaia e Riacho Fundo 2. Elas vão custar R$ 10 milhões.

Balanço

Realizações da Secretaria de Saúde no primeiro semestre de 2018:

Investimentos
Materiais médico-hospitalares: R$ 47 milhões
Medicamentos para a população: R$ 119 milhões
Reformas de UPAs: R$ 469 mil

Atendimentos
Cirurgias: 31.162
Cirurgias de catarata: 312

Vigilância ambiental
Aplicação de fumacê: 829.629 imóveis
Imóveis inspecionados: 661.577
Amostras coletadas: 12.123
Pontos estratégicos inspecionados : 2.309
(borracharia, floriculturas e ferros velhos)

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação