Cidades

Criança sente falta da mãe

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 17/07/2019 04:06
A garota de 8 anos ainda tenta superar os traumas ocasionados pela criação dada pela mãe, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, 28, e a madrasta, Rosana Auri da Silva Cândido, 27. Em meio à nova rotina em Rio Branco, ela também vive a fase de luto pelo assassinato do irmão de criação, Rhuan Maycon. A menina não conversa sobre o crime brutal e sofre com a saudade da mãe.

;Por causa da alienação parental que a minha filha sofreu, foi muito difícil nos primeiros dias me aproximar dela. Mas, aos poucos, ela começou a se aproximar. Mas, graças a Deus, ela tem uma ótima relação com a minha esposa, que tem ajudado muito nisso;, destaca o pai.

De acordo com a conselheira tutelar Valdisa Mendes da Costa Silva, a instituição deixou a menina se adaptar à família. ;Notamos, na primeira visita, que ela fica um pouco desconfiada. Acho que isso ocorre por ela ter tido contato frequente com conselheiros e psicólogos no DF;, observa. ;Por isso, o melhor nesta primeira fase é se adaptar ao pai. Ela tem uma ótima relação com a madrasta, que é muito atenciosa. Percebemos que um pouco do afastamento paterno se deve, sim, à criação recebida da mãe e da antiga madrasta;, pondera a conselheira.

Hoje, Valdisa Silva vai entregar o encaminhamento da criança a um psicólogo, no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do estado. ;Como ela passou uma experiência extremamente traumática, ela precisa desse acompanhamento. Isso ajudará a menina a conseguir falar sobre o irmão e a entender as nuances de tudo o que passou. Será um dia de cada vez;, acrescenta.

A menina compreende como o assassinato do irmão de criação ocorreu e sobre a prisão da mãe, Kacyla e Rosana. Ainda assim, ela sente saudades da mãe e pergunta sobre quando poderá revê-la.

;Tem dias que ela senta comigo e pergunta se um dia vai poder ver a mãe de novo. Digo que ela vai passar um bom tempo presa, mas que elas vão se ver. Mas é claro que não temos nenhuma intenção de deixar que a minha filha tenha um convívio com a mãe dela novamente. Só esperamos ela ter idade suficiente para explicarmos tudo, inclusive, o motivo da decisão;, explica o pai.

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