Cidades

Faltam mais políticas públicas

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 22/07/2019 04:06
Mensurar a quantidade de pedintes ou de pessoas em situação de rua é tarefa complicada, segundo o doutor em ciências sociais Frederico Tomé. Professor do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), ele considera o crescimento do desemprego uma possível causa para o aumento do número de indivíduos vivendo nessa condição. ;O que temos, de certa maneira, é um aprofundamento da crise econômica de quatro anos para cá. Há fatores, não só econômicos, obviamente, que acabam sendo preponderantes nessa percepção de algo que acredito acontecer de fato;, comenta.

Segundo o professor, outro ponto que pode levar ao agravamento do cenário é a falta de políticas públicas de atendimento a essa população. Ele ressalta a necessidade de haver diálogo entre o Legislativo e o Executivo para que surjam propostas de investimentos em políticas habitacionais e sociais. ;No DF e no Brasil, elas têm deixado muito a desejar. Percebemos aumento dessa população, e há recorrência na falta de ações do governo para elas. É preciso entender que essa problemática está situada em três esferas: municipal, estadual e federal;, destaca.

Atendimento

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) informou que realiza atendimentos a pessoas em situação de rua em dois Centros Pop, 11 Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), em Unidades de Acolhimento e por meio do Serviço Especializado em Abordagem Social.

Os Centros Pop recebem pessoas em situação de rua e oferecem atendimentos individuais e coletivos, oficinas e atividades de convívio e socialização, além de ;ações que incentivem o protagonismo e a participação social;. ;O Centro Pop também promove acesso a espaços de guarda de pertences, de higiene pessoal, de alimentação e provisão de documentação. No DF, contamos com dois Centros Pop: um em Taguatinga, outro no Plano Piloto. Cada um atende, em média, 200 pessoas por dia;, informou, em nota, a Sedes.

Os Creas, por sua vez, oferecem atendimento socioassistencial a essa população, acesso ao Cadastro Único (leia Para saber mais), a benefícios, e promove o encaminhamento para demais serviços e políticas públicas. Já o Serviço Especializado em Abordagem Social é promovido por equipes que localizam pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas e realizam trabalhos com foco na inserção na política de assistência social.

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