postado em 24/07/2019 04:07
O professor e pesquisador de segurança pública da Universidade Católica de Brasília (UCB) Nelson Gonçalves ressalta que há uma série de fatores que fazem com que o celular se transforme em um dos alvos preferenciais dos criminosos. ;O celular é um item fácil de ser transportado, todo mundo tem, está muito disponível, tem revenda fácil. Tudo isso chama a atenção de quem pratica os crimes;, comenta. ;Além disso, há o problema da ausência de policiais nas ruas, o que poderia inibir a ação dos criminosos;, complementa.
Para Gonçalves, a distração das pessoas que usam o aparelho nas ruas também colabora para a alta incidência desses casos. ;O próprio comportamento das pessoas nas ruas as deixa extremamente vulnerável. A maioria delas não resguarda o uso para locais onde tenha mais proteção e utiliza o celular o tempo todo em qualquer lugar. Isso faz com que ela fique exposta;, alerta.
Educação
Maior número de policiais nas ruas, sistema mais eficaz de monitoramento e campanhas educativas são algumas das medidas que Gonçalves acredita que poderiam colaborar para a redução dos índices. ;É fundamental para isso um processo educacional, para que as pessoas também mudem os hábitos ao usar o celular. Segurança pública também é uma questão, e séria, de educação;, comenta.
Em relação aos casos de latrocínio, o professor destaca que a reação deve ser evitada ao máximo, em caso de abordagem. ;O criminoso sempre estará em posição de vantagem. Você está absorto no aparelho e é abordado, o fator surpresa estará com ele. É melhor perder o celular do que perder a vida;, diz.
Segundo a Polícia Militar, o trabalho para coibir esse tipo de crime foi intensificado. ;É o objeto mais procurado no assalto a pedestres. Então, reforçamos policiamento, colocamos mais viaturas em locais de risco. Estamos fazendo abordagens para verificar a procedência dos aparelhos e prendendo muitos criminosos, mas um dos problemas que enfrentamos é a reincidência de quem pratica esses atos, que é muito grande;, explica o porta-voz da PMDF, major Michello Bueno.