Cidades

VLT e gasoduto na pauta do GDF

No 17º Fórum Anual de Liderança em Infraestrutura da América Latina, em Brasília, o governador anuncia projetos para a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos e a instalação de um sistema para trazer gás natural de São Paulo

postado em 01/08/2019 04:07
Governador Ibaneis Rocha sobre o VLT:

O Governo do Distrito Federal (GDF) deve retomar o projeto de implementar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) a partir de uma parceria público-privada (PPP), a ser definida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O anúncio foi feito ontem pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) durante o 17; Fórum Anual de Liderança em Infraestrutura da América Latina, em Brasília, promovido pela CG/LA, empresa norte-americana de infraestrutura. Na ocasião, também foram apresentados outros projetos para o desenvolvimento a longo prazo no setor, como a construção de um gasoduto que ligará Paulínia (SP) a Brasília.

Segundo o chefe do Palácio do Buriti, 11 empresas demonstraram interesse no VLT. O edital de licitação será lançado neste semestre. Com um trajeto de 22km, o sistema sairá do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek em direção ao Terminal da Asa Sul e chegará ao Noroeste. A linha deve passar pela W3 Sul e pela W3 Norte. ;Somos uma das poucas capitais do mundo que não têm transporte leve sobre trilhos;, lembrou Ibaneis. ;Esse é um projeto que tem de acontecer, não aquele do passado. Aquele antigo não tinha mais interesse do privado, e o governo não tem mais interesse em financiá-lo;, explicou.

As obras estão previstas para começarem até o início de 2020. Segundo o Secretário de Transporte e Mobilidade do GDF, Valter Casimiro, o investimento estimado é de R$ 1,5 bilhão. ;O VLT faz parte do projeto de revitalização da W3, compreendendo a retirada de linhas de ônibus desse corredor e o planejamento do sistema para a circulação de pedestres e ciclistas na região de influência do veículo;, destacou.

Outro projeto do GDF mencionado no Fórum de Liderança em Infraestrutura da América Latina é o gasoduto de Paulínia, que prevê a distribuição de gás natural por 950km. Orçado em US$ 1 bilhão, o sistema passará por São Carlos, Ribeirão Preto, Uberaba, Goiânia e Brasília, caso os planos do governo local se concretizem. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, disse que os objetivos do projeto são a ;transformação da matriz energética da região por meio da energia mais limpa e barata (o gás natural), e a promoção do crescimento sustentável da indústria do DF;. Segundo Ruy, com um ano de funcionamento do gasoduto, a capital terá arrecadado R$ 156 mil. Com 10 anos, ele prevê que o retorno seja de R$ 2,6 milhões, considerando a construção de uma térmica de 500MW no caminho do equipamento.

Privatizações

Uma nova saída norte no DF também deve ser construída até 2021. Também no modelo de PPP, o projeto tem como objetivo criar uma alternativa a BR-020 e à atual saída norte, que passa pela Ponte do Bragueto e pelo Balão do Colorado, segundo Sérgio Luiz da Silva, diretor de Novos Negócios da Terracap. No desenho projetado, a novidade parte da L4 Norte, cruza o Lago Norte e sobe na BR-020, na altura de Sobradinho.

O governo também planeja construir o primeiro parque tecnológico do país, o Biotic. A iniciativa será implementada a 10 minutos da Esplanada dos Ministérios, em uma ;área alta, de onde se tenha vista da cidade inteira;, revelou Gustavo Dias Henrique, presidente da Biotic. Além disso, até o fim de 2019, o GDF lançará editais para as privatizações da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Para tanto, foi fechada uma parceria com o BNDES, que ficará responsável pela contratação de empresas e instituições financeiras.

* Estagiária sob supervisão de Guilherme Goulart


Água
Outro projeto em desenvolvimento, com custo estimado de R$ 500 milhões, é o Sistema Produtor de Água Corumbá, conjunto de obras para captação no reservatório gerado pelo aproveitamento hidrelétrico de Corumbá. A construção desse sistema, que deverá ter condições de portabilidade e encaminhamento para Goiás e DF, ficará a cargo da Caesb e da Saneago.


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