postado em 04/08/2019 04:06
Professora da Faculdade de Comunicação e do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança (Nevis) da Universidade de Brasília (UnB), Tânia Siqueira Montoro explica que a própria arquitetura das passarelas pode torná-las locais de risco. ;Esses pontos de travessia precisam ser mais bem visados. São compostos por muitas escadas, que dificultam a visão de fora. Existem modelos melhores que poderiam ser usados na capital;, ressalta.A especialista reforça que iluminação é uma chave para inibir a presença de assaltantes. Além disso, ela afirma que locais movimentados, como passarelas, precisam de dispositivos de comunicação para acionar as forças de segurança. ;Nos Estados Unidos, por exemplo, existem telefones de emergência com os quais as pessoas podem entrar, rapidamente, em contato com a polícia. Esse tipo de dispositivo, junto a câmeras de vigilância monitoradas, poderiam evitar uma série de crimes;, destaca.
Para a pesquisadora, a população tem papel fundamental para diminuir casos de violência. ;O ideal é que a passarela não seja um ente morto na cidade. Ela tem de ser vivida. A cidade tem de ser pensada para as pessoas, não como uma obra arquitetônica;, afirma. Segundo Tânia, uma saída é ocupar as passarelas com intervenções artísticas, shows e outros tipos de entretenimento para que esses pontos não fiquem desertos e não aumentem os riscos da criminalidade.
"Esses pontos de travessia precisam ser mais bem visados. São compostos por muitas escadas, que dificultam a visão de fora;
Tânia Siqueira Montoro, do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança (Nevis) da UnB