Walder Galvão
postado em 09/08/2019 15:19
O 2; Juizado Especial Criminal de Brasília determinou que o jovem de 19 anos que presenciou o afogamento da universitária Natália Ribeiro dos Santos Costa, 19, preste serviço comunitário. Ele havia sido indiciado por omissão de socorro em 31 de março deste ano, quando a estudante morreu no Lago Paranoá.
Nessa quinta-feira (8/8), a Justiça homologou acordo de transação penal proposto pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MDFT) em favor do jovem. Durante audiência, ele foi ouvido informalmente e esclarecido sobre a oportunidade de aplicação do benefício da transação penal. O indiciado aceitou a proposta.
Agora, ele prestará serviços à comunidade com atividades compatíveis com as próprias aptidões. O trabalho começa na próxima quinta-feira (15/8), na Associação dos Pais e Amigos do Excepcional (APAE), e terá duração de 180 dias e o total de 144 horas
Segundo o acordo, a prestação de serviços será comprovada mediante relatório ou folhas de frequência fornecidos pela instituição. Essa documentação deverá ser apresentada pelo autor no Cartório do 2; Juizado Especial Criminal. Caso descumpra a medida, ele poderá responder criminalmente pelo fato.
O caso
O corpo de Natália foi encontrado no Lago em 1; de abril. Imagens captadas pelas câmeras de segurança do Grupamento dos Fuzileiros Navais registraram os últimos minutos da estudante com vida. O vídeo mostra a universitária chegando ao espelho d;água, no Clube Almirante Alexandrino (Caalex), acompanhada do rapaz. Depois, só ele sai da água. O jovem volta a entrar no Lago Paranoá outras duas vezes. Após não ver mais Natália, ele pega impulso para subir o barranco para voltar ao churrasco do Caalex.
De acordo com informações da Polícia Civil, Natália afundou em uma área com 3 metros de profundidade. Conforme o laudo cadavérico do Instituto de Medicina Legal (IML), Natália morreu vítima de afogamento. Todas as marcas no corpo dela ocorreram após a morte, durante o tempo em que ela ficou imersa no Lago Paranoá.
A primeira versão do jovem que presenciou o afogamento à polícia foi colocada em xeque, pois, a princípio, ele alegou que não conhecia a vítima. Porém, as afirmações foram contraditórias às imagens do circuito de segurança do Grupamento. Elas mostram o casal correndo para o Lago Paranoá.