Cidades

Suspeito de matar empresária cavou buraco para enterrar corpo de vítima

Geralda Azevedo foi morta na sexta-feira (9/8) após sair para caminhar. Suspeito é um catador de material reciclado que chegou ao DF há cerca de dois meses

Isa Stacciarini
postado em 15/08/2019 20:18
Geralda Azevedo: vítima de latrocínio enquanto caminhava perto de casaSeis dias depois do assassinato da empresária Geralda dos Reis Ramires Azevedo, 44 anos, a Polícia Civil identificou e pediu a prisão do suspeito de roubar e matar a empresária. O homem é um catador de materiais recicláveis e chegou ao Distrito Federal há cerca de dois meses e meio, após deixar o Rio de Janeiro. Ele não tem registro de identificação em Brasília e usa ao menos três nomes diferentes. investigadores da 27; Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) ainda tentam saber qual a identidade verdadeira. No DF, ele vivia em um assentamento próximo de onde o crime ocorreu.

O caso é tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). Geralda foi rendida quando saiu para caminhar por volta das 7h40 de sexta-feira (9/8), em uma área conhecida como Núcleo Rural Monjolo, entre o Gama e o Recanto das Emas. A vítima tinha uma empresa de terraplanagem com o marido próximo ao local. Mas como ela não retornou para casa nem apareceu na empresa, os parentes começaram a procurar pela mulher.

Segundo o delegado-chefe da 27; DP, Pablo Aguiar, o suspeito estava com um carrinho de mão quando abordou a vítima. Ele a rendeu e a levou para um matagal. "Nessa hora, a vítima ainda estava com o celular na mão e tentou fazer uma ligação para a última pessoa com quem ela conversou, uma prima. Logo depois ela foi morta, provavelmente porque o suspeito desconfiou do telefonema", explicou o investigador.

O corpo da vítima estava com marcas de golpe na cabeça. A suspeita da morte é traumatismo craniano provocado por paulada ou pedrada. Após assassinar a mulher, o suspeito cavou uma cova. "Ele utilizou uma picareta para abrir o buraco em uma área próxima e voltou ao local onde o corpo foi deixado para buscá-lo. Nesse momento, como o marido da vítima já estava a procura dela, ele viu o suspeito arrastando a mulher e o acusado fugiu", esclareceu Pablo.

Suspeito retornou ao assentamento

Após o crime, o suspeito voltou ao assentamento e disse para a companheira que o carrinho de mão havia sido furtado. No dia seguinte, ele o resgatou. Mas uma testemunha contou à polícia ainda na sexta-feira que viu o carrinho abandonado na área onde a vítima foi abordada.

Na terça-feira (13/8), policiais estiveram no local onde o suspeito vivia e encontrou o carrinho de mão, mas o homem havia fugido. "Na noite de quarta-feira os moradores contaram que ele retornou ao assentamento por volta das 23h com um facão para ameaçar a companheira, porque desconfiou que ela havia o denunciado", explicou o delegado.

A polícia, então, acionou o helicóptero e mobilizou equipes, mas não encontrou o suspeito. A polícia não descarta a possibilidade dele ter ido para outra cidade. "Como ele é um andarilho, a gente pede o apoio das pessoas para acionaram a polícia, caso o vejam", solicitou o investigador.

Celular roubado

O catador de material recicláveis levou o celular da vítima. A aliança dela também não foi encontrada, assim como um fone que ela usava para fazer caminhada.

No local onde o suspeito abriu a cova, policiais encontraram um chinelo, a picareta, sacos de ração e lençóis. A polícia afirma que todos esses materiais pertencem ao suspeito.

A mulher chegou a ser levada ao Hospital Regional do Gama, mas não resistiu. Segundo o delegado, não dá para ter certeza, ainda, se a vítima sofreu violência sexual. "Aguardamos o laudo pericial", acrescentou.

A pena para o crime de latrocínio é de 13 a 30 anos de prisão. A polícia pede para quem tiver informações sobre o paradeiro do homem ligar para 197, plantão da Polícia Civil, e o telefone da delegacia 3207-8220.

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