postado em 18/08/2019 04:13
Três homens estão presos acusados de estuprar e espancar uma mulher de 41 anos, em um matagal da L4 Norte, próximo à Estação Biológica da Universidade de Brasília (UnB). Eles foram detidos na manhã de ontem, por meio de mandado de prisão temporária, válido por 30 dias. O crime ocorreu na madrugada de quinta-feira e os suspeitos agrediram a vítima com um cano de PVC e pedras, de acordo com os investigadores. Encontrada por catadores de material reciclável seminua e sangrando, na manhã de quinta-feira, a moradora da Asa Norte estava internada em estado grave e sedada no Hospital de Base, até a noite de ontem.
Agentes da 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte) chegaram ao trio, de 36, 35 e 22 anos, por meio de uma câmera de vigilância do comércio da 216 Norte. As imagens mostram a vítima acompanhada dos homens, caminhando até o matagal à margem da L4 Norte, onde ocorreu o ataque. Em depoimento, os acusados confirmaram que estavam com a mulher na quinta-feira, bebendo e consumindo drogas. Contudo, negaram ter entrado no matagal com ela. Mas os policiais dizem ter provas contra o trio.
Jaqueta do suspeito
;Na cena do crime, encontramos um colchão cheio de sangue, material genético (dos agressores), as roupas da vítima e uma jaqueta, que pertence a um dos suspeitos. Ele sequer soube explicar como a peça parou no matagal. Também apreendemos o cano e a pedra usada no espancamento. Os materiais estão em análise pericial para encontrarmos mais material genético;, explicou o delegado Laércio Rossetto, chefe da 2;DP.
Os policiais não conseguiram identificar há quanto tempo a vítima conhecia os suspeitos. Um deles, o jovem de 22 anos, também mora na Asa Norte. Os demais são catadores de material reciclável e não têm endereço fixo. Por conta do estado de saúde da mulher, agentes não conseguiram ouvi-la. Os suspeitos podem ser indiciados por estupro e tentativa de homicídio.
Brutalidade
De acordo com o delegado, o laudo da perícia confirma que a vítima foi estuprada. Quando a mulher foi encontrada por um catador, ela negou que sofreu violência sexual e implorou para ser levada para casa. Contudo, o homem acionou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Agentes da 2; DP e da perícia chegaram em seguida.
;Ela foi brutalmente agredida na região da face e da cabeça. São lesões graves, conforme laudo pericial. A vítima poderia ter morrido por conta dos ferimentos, mas o tratamento inicial dos bombeiros e da equipe médica a salvaram;, afirma. ;Ela também tem arranhões e lesões na parte íntima. O crime foi tão bárbaro que o colchão apreendido estava cheio de sangue. A barra de PVC e a pedra tinham sangue e couro cabeludo. Os materiais são analisados para identificar material genético;, finalizou Rossetto.
O delegado não informou os nomes dos acusados.