Cidades

Educação de qualidade

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 22/08/2019 04:08
O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de escolas na lista do Programa de Escolas Associadas (PEA) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), perdendo só para o Japão. O cerne da iniciativa não se distancia da proposta que norteia os trabalhos da maior parte das instituições de ensino: baseia-se no desenvolvimento de uma aprendizagem colaborativa, com integração entre gestores, professores, estudantes e comunidade escolar.

A coordenação nacional do PEA promove missões pedagógicas internacionais a fim de estimular o intercâmbio de conhecimentos e de construir uma ponte entre a rede brasileira e a do restante do planeta. Em setembro, Ouro Preto (MG) sediará o encontro nacional das escolas participantes. A expectativa é de que as atividades executadas nos colégios associados contribuam, futuramente, com o fortalecimento das capacidades nacionais e garantam uma educação de qualidade para todos, seja ela pública, seja privada.

A rede não tem fins lucrativos nem oferece recursos financeiros ou materiais para as instituições de ensino. Mesmo assim, há centenas de colégios que se candidatam para integrar a iniciativa global. ;O programa é uma complementação para fazer as coisas acontecerem. Queremos pessoas participantes, não só quem vá para ganhar a chancela;, ressalta a coordenadora nacional do PEA Unesco no Brasil, Myriam Tricate.

Por meio das propostas de trabalho, os estudantes são instigados a refletir sobre problemas em nível mundial. No Colégio Objetivo de Águas Claras, um dos sete associados no Distrito Federal, assegurar a formação cidadã dos estudantes é uma das metas. Os projetos escolares envolvem, por exemplo, trabalhos sociais, que incluem arrecadação e doação de alimentos, e mudanças de hábitos com foco na conscientização sobre problemas ambientais.

Além do lado pessoal, os efeitos são esperados no campo profissional. ;É algo que contribui mais para a formação do caráter da pessoa. Ela acaba convivendo com uma outra realidade e aprendendo sobre ajudar o próximo. É importante que isso seja passado aos alunos para que possam compartilhar com os demais;, comenta Amanda Balbi, 17 anos, estudante do 3; ano do ensino médio.

Para Victor Xavier, 16, aluno do 2; ano do ensino médio, as conquistas impactarão principalmente, as futuras gerações. ;É um despertar de consciência. Você começa a enxergar as coisas de outra forma e a questionar um pouco. A noção de cidadania é o mais importante. Educação é muito mais que conseguir aprovação em uma universidade. Os resultados serão visíveis a longo prazo;, acredita o adolescente.

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