Stefanno Jesus Souza Amorim, 21, matou a ex-companheira a facadas em frente às filhas dos dois, que atualmente têm 5 e 4 anos. .
Cerca de 50 pessoas acompanharam ao julgamento do acusado, que começou às 9h. Durante depoimento, Stefanno não demonstrou remorso ou emoção. Voltou a admitir que golpeou a ex-companheira com uma peixeira, mas negou que tenha cometido o crime diante das crianças. Amorim disse ainda que matou a servidora por acreditar que ela havia reatado um antigo relacionamento.
Risos durante o julgamento
Enquanto testemunhas da acusação relatavam o relacionamento conturbado de Stefanno e Janaína, o homem chegou a rir algumas vezes. Ele também sorriu enquanto encarava familiares, amigos e conhecidos da vítima presentes no tribunal.
"Isso só me mostrou que ele nasceu ruim e vai morrer assim. Ele não se arrepende de ter tirado a vida da Janaína, mãe das filhas dele. O Stefanno agir assim demonstra que quer nos intimidar, mas fiquei firme aqui e não deixei o tribunal. Eu queria que ele pegasse a pena máxima e fiquei satisfeita com a condenação", disse uma amiga de Janaína, de 32 anos, que pediu para ter o nome preservado.
Outro julgamento
Outro caso de feminicídio foi julgado em Brasília nesta quinta-feira. Jonas Zandoná, 45 anos, foi condenado a 25 anos de prisão pelo feminicídio de Carla Grazielle Rodrigues Zandoná, 37 anos. Ele foi considerado culpado de jogar a mulher, com quem era casado, do terceiro andar de um prédio da 415 Sul, em 6 de agosto do ano passado. O condenado cumprirá pena em regime fechado, e a defesa não poderá recorrer da decisão.