Cidades

Homem que matou servidora diante das filhas é condenado a 36 anos e 9 meses

Stefanno Jesus Souza Amorim cumprirá pena em regime inicialmente fechado. Durante depoimento, o réu não demonstrou remorso pelo crime

Sarah Peres
postado em 22/08/2019 19:51
Stefanno Amorim: réu chegou a rir durante o julgamentoO assassino confesso da servidora comissionada do Ministério dos Direitos Humanos Janaína Romão Lúcio, 30 anos, foi condenado a 36 anos e nove meses de prisão. A sentença foi anunciada por volta das 19h30 desta quinta-feira (22/8), no Tribunal do Júri de Santa Maria, região admiistrativa onde ocorreu o feminicídio.

Stefanno Jesus Souza Amorim, 21, matou a ex-companheira a facadas em frente às filhas dos dois, que atualmente têm 5 e 4 anos. .

Cerca de 50 pessoas acompanharam ao julgamento do acusado, que começou às 9h. Durante depoimento, Stefanno não demonstrou remorso ou emoção. Voltou a admitir que golpeou a ex-companheira com uma peixeira, mas negou que tenha cometido o crime diante das crianças. Amorim disse ainda que matou a servidora por acreditar que ela havia reatado um antigo relacionamento.

Risos durante o julgamento

Enquanto testemunhas da acusação relatavam o relacionamento conturbado de Stefanno e Janaína, o homem chegou a rir algumas vezes. Ele também sorriu enquanto encarava familiares, amigos e conhecidos da vítima presentes no tribunal.

"Isso só me mostrou que ele nasceu ruim e vai morrer assim. Ele não se arrepende de ter tirado a vida da Janaína, mãe das filhas dele. O Stefanno agir assim demonstra que quer nos intimidar, mas fiquei firme aqui e não deixei o tribunal. Eu queria que ele pegasse a pena máxima e fiquei satisfeita com a condenação", disse uma amiga de Janaína, de 32 anos, que pediu para ter o nome preservado.

Outro julgamento

Outro caso de feminicídio foi julgado em Brasília nesta quinta-feira. Jonas Zandoná, 45 anos, foi condenado a 25 anos de prisão pelo feminicídio de Carla Grazielle Rodrigues Zandoná, 37 anos. Ele foi considerado culpado de jogar a mulher, com quem era casado, do terceiro andar de um prédio da 415 Sul, em 6 de agosto do ano passado. O condenado cumprirá pena em regime fechado, e a defesa não poderá recorrer da decisão.

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