postado em 29/08/2019 04:06
Mesmo em um contexto de dificuldades econômicas no país e no Distrito Federal, o Banco de Brasília (BRB) acumula bons resultados em 2019. No segundo trimestre do ano, a instituição registrou crescimento de 69,7% do lucro líquido em relação ao mesmo período de 2018. O montante alcançou R$ 95,3 milhões. Em todo o primeiro semestre, o lucro líquido foi de R$ 160,9 milhões, uma evolução de 18,9%, em comparação aos seis primeiros meses do ano passado. Com os avanços, o patrimônio líquido do banco também cresceu e chegou a R$ 1,5 bilhão em junho de 2019. No mesmo mês do ano passado, era de R$ 1,38 bilhão. A evolução, percentualmente, foi de 8,5 pontos.
Os dados do balanço, apresentados ontem, criaram um ambiente de otimismo na direção do BRB. ;Esses resultados mostram que nós estamos num caminho correto, no caminho da retomada da valorização e do fortalecimento do BRB, crescendo nas nossas principais linhas de negócio e gerando um impacto positivo na geração de emprego e de renda no Distrito Federal;, afirmou o presidente da estatal, Paulo Henrique Costa.
Ele destaca que o crescimento foi alcançado diante de situações adversas, como investigações de operações de crédito realizadas pela instituição e contexto de dificuldades econômicas. ;O BRB precisou se reinventar, se reorganizar e rever sua estrutura de governança. Num contexto econômico vastamente desafiador, no qual a economia do DF se mostrou mais fraca do que esperado, avançamos e temos resultados que nos orgulham;, disse Paulo Henrique Costa. ;Todo o conglomerado BRB atuou de maneira enérgica em busca desses resultados;, complementou.
Fatores
Na avaliação da instituição, os bons resultados foram gerados por fatores como a recuperação de créditos de inadimplentes, avanço das receitas com tarifas e prestação de serviços, aumento da margem financeira e controle de despesas administrativas.
Os indicadores relacionados a crédito tiveram impacto significativo nos resultados alcançados pelo banco neste ano. A carteira ampla chegou a R$ 9,6 bilhões, o que representa aumento de 5,2% em 12 meses. O crédito consignado puxou o avanço nesse setor. O saldo para esse tipo de financiamento chegou a R$ 5,2 bilhões ; um crescimento de 14,1% em 12 meses. Já a oferta de crédito rural evoluiu 4,8% em um ano, alcançando o saldo de R$ 248 milhões.
Ao todo, a contratação de crédito, pelo BRB, foi de cerca de R$ 1,9 bilhão no primeiro semestre. O montante representa aumento de 73,5% em comparação com os seis primeiros meses de 2018. Os números do segundo trimestre são mais expressivos, com evolução de 143,9% em relação aos dados de 2018.
No conjunto de fatores que convergiram para os resultados do primeiro semestre, a estatal ressalta também o corte de gastos e aumento do número de clientes. As despesas administrativas do primeiro semestre de 2019 foram 5,4% menores do que as do mesmo período em 2018 e quantidade de clientes aumentou 4,8% em 12 meses, e chegando a 639 mil.
População
Os resultados, assegura o presidente do BRB, terão impactos diretos no cotidiano da população brasiliense por meio de ações voltadas para políticas públicas e fomento. ;O que nós queremos é que o brasiliense perceba a razão de existir do BRB e valorize o fato de ter um banco local que direciona o seu resultado para o benefício da sociedade daqui;, afirmou.
Segundo Costa, a atuação será mais forte por meio de iniciativas como a adoção de monumentos e a continuidade de patrocínios de ações de esporte, cultura e lazer. ;Fizemos movimentos assim já no primeiro semestre, com o cartão material escolar, o programa de financiamento de lotes, o reposicionamento do crédito rural;, destacou.
Três perguntas para
Paulo Henrique Costa, presidente do BRB
O que esses resultados representam para o BRB?
Os resultados apresentados mostram que estamos num caminho correto. No caminho da retomada da valorização e do fortalecimento do BRB, crescendo nas nossas principais linhas de negócio, gerando um impacto positivo na geração de emprego e de renda no Distrito Federal e sendo um banco com característica genuinamente local e direcionado ao crescimento da nossa cidade.
Diante desses resultados e do contexto econômico difícil do DF, qual será a postura a partir de agora do BRB em relação ao
apoio de políticas públicas?
Entendemos que um dos grandes diferenciais do BRB por ser um banco público é essa vocação para o fomento e para o apoio a políticas públicas. Então, o que deve-se esperar é um BRB cada vez mais presente na vida do cidadão e do empresário brasiliense. Fizemos movimentos assim já no primeiro semestre, com o cartão material escolar, o programa de financiamento de lotes, o reposicionamento do crédito rural. Também se deve esperar uma atuação mais forte no dia a dia da cidade via controle de sistema de bilhetagem, via adoção de monumentos e a continuidade do patrocínios de ações de esporte, cultura e lazer. O que nós queremos é que o brasiliense perceba a razão de existir e valorize o fato de ter um banco local que direciona o seu resultado para o benefício da sociedade daqui.
Como estão os processos para melhoria da plataforma digital do BRB?
Estamos caminhando em duas grandes frentes estruturantes. Uma delas é o lançamento da plataforma digital de investimento, que já está na reta final de negociação, para que os nossos clientes possam ter acesso aos melhores produtos de investimento do mercado. Iniciativa que não deverá nada a nenhuma plataforma do tipo por aí. A segunda frente é o lançamento de um banco digital que não simplesmente ofereça produtos de conta corrente, transferência ou meios de pagamento, mas que vá além e ofereça um portfólio completo de produtos.