Cidades

Polícia Militar faz escolta para que família de Marinésio faça mudança

PM foi chamada por vizinhos, na manhã desta quinta-feira, para evitar que família do assassino confesso de Letícia Curado e de Genir Pereira seja atacada

Alan Rios
postado em 29/08/2019 10:41
Polícia Militar foi chamada para que mulher e filha de Marinésio faça a mudança sem sofrer ataquesA Polícia Militar está acompanhando a mudança da esposa e da filha de Marinésio Olinto, 41, assassino confesso de Letícia Curado, 26 anos, e de Genir Pereira, 47. A família do acusado estava recebendo ameaças pelas redes sociais e decidiu sair da casa em que moraram durante 15 anos, no Vale do Amanhecer. Depois que o caso veio à tona, pelo menos nove mulheres procuraram a polícia para denunciar Marinésio por crime de estupro ou tentativa de estupro. E na manhã desta quinta-feira (29/8), o delegado da 10; Delegacia de Polícia reabriu o inquérito da morte de uma adolescente de 15 anos, vizinha de Marinésio.

Segundo vizinhos, a mulher e a filha do cozinheiro devem deixar Brasília ainda nesta semana. A PM foi acionada pelo líder comunitário Ronaldo Araújo, 41. "A família está em choque e não dava mais para ficar no mesmo lugar, por causa das ameaças. Esses dias mesmo houve um assassinato na região e, dias depois, colocaram fogo na loja do pai de um acusado", contou citando um caso de represália.

O caminhão de mudanças chegou por volta das 10h e levou os móveis simples da família. "Estamos evitando que as pessoas façam justiça com as próprias mãos, até porque a justiça do homem já está sendo feita, o Marinésio já está preso, e a (justiça) de Deus também virá", disse Ronaldo.
Em entrevista ao Correio, a mulher e afilha de Marinésio pediram compreensão e ressaltaram que não têm responsabilidade pelo que o homem fez. Elas também se disseram chocadas com os crimes confessados por ele.

Outro caso que toma conta das conversas na vizinhança é a morte de Caroline Santos, 15, em 2018. Ela morava duas ruas depois de Marinésio e era amiga da filha do cozinheiro. O corpo da jovem foi encontrado ano passado no Lago Paranoá e a suspeita era de suicídio, mas o caso foi reaberto para investigação de um possível envolvimento do assassino. "A Caroline vivia na casa do Marinésio, era amiga próxima da família. Então é tudo muito estranho", opinou o líder comunitário.

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