Walder Galvão
postado em 29/08/2019 19:50
Aproximadamente 200 pessoas se reúnem na Paróquia São Sebastião, em Planaltina, para a missa em homenagem à advogada Letícia Curado, 26. A cerimônia começou às 19h e reúne amigos e familiares da mulher, assassinada na última sexta-feira (23/8) pelo cozinheiro Marinésio de Sousa Olinto, 41. Kaio Fonseca Curado de Melo, 25, marido da vítima, disse ao Correio que o filho do casal, de 3 anos, sente a ausência da mãe. "Meu filho começou a perguntar por ela", lamentou.
Pessoas próximas à Letícia vieram à missa com uma camiseta cor branca com uma foto dela estampada. A celebração, ministrada pelo padre Paulo Renato, contou com homenagens e orações em nome da advogada. "Comecei a mexer com aquela parte burocrática. Tudo isso vai dando aquela angústia, saudade e aperto no coração", se emocionou Kaio.
O companheiro também comentou sobre Marinésio. "Eu espero apenas a Justiça, tanto a do direito, que minha esposa lutava por isso, quanto a divina", frisou. A todo momento, parentes de amigos da mulher se emocionavam na missa e não conseguiam conter as lágrimas.
O caso
De acordo com a polícia, Letícia foi assassinada no mesmo dia em que desapareceu. Na sexta-feira (23/8) ela saiu de casa cedo e foi para a parada de ônibus pegar o transporte público para chegar ao Ministério da Educação (MEC), onde trabalhava. Marinésio teria se apresentado como motorista de transporte pirata e ela entrou no veículo. A Polícia Civil acredita que ela tenha sido asfixiada após reagir ao assédio sexual do condutor.
Marinésio foi preso um dia após o crime, depois que os investigadores identificaram o carro do criminoso e encontraram pertences de Letícia dentro do veículo. Ele confessou o crime e disse também ter matado Genir Pereira de Sousa, 47. Com a divulgação dos casos, mais mulheres procuram a polícia para denunciar. Mais denúncias e casos reabertos que têm alguma semelhança com os confirmados ainda estão em apuração.