Cidades

Pontos de encontro de colegas de profissão

Os clubes da Caesb e da OAB-DF reúnem trabalhadores das duas categorias nos momentos de folga

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 31/08/2019 04:07
Juliana e Renata criaram o primeiro time de vôlei feminino da OAB/DF


Encontrar os amigos depois do expediente é comum em várias empresas. A intensa rotina de trabalho pede uma pausa para um momento de lazer. Mesmo após se aposentar, Juvêncio Damasceno, 63 anos, não perde a oportunidade de rever os colegas de profissão no clube da Associação dos Empregados da Caesb (Caeso). ;Sempre joguei bola. Depois que a estrutura do clube foi inaugurada, começamos a praticar o esporte no campo de futebol. Lembro que, na época, quando dava a hora de ir embora do trabalho, o destino era certo. Atravessávamos o muro e estávamos aqui. Posso dizer que 98% dos meus amigos construí na Caesb;, ressalta.

Fundado em 1982 ao lado da sede da empresa de saneamento, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), o clube da Caeso tinha como proposta inicial construir um espaço de lazer e cultura aos empregados da Caesb. ;A proximidade do clube com o órgão não foi por acaso. Queríamos que os funcionários saíssem do trabalho e se reunissem para conversar, jogar bola e se divertir com a família;, afirma o presidente da agremiação, Élcio Rezende.

No começo, o ambiente tinha apenas um campo de futebol. Hoje, são três piscinas, parque infantil, quadra poliesportiva e de areia e um campo society. O que chama atenção são as lojas, como a ótica, salão de beleza e o restaurante, frequentado por funcionários de todo o SIA.

Igualdade

Técnica em edificações da Caesb, Leda Jacir dos Santos, 54, é sócia do Caeso há 28 anos. Ela lembra dos momentos marcantes que passou no clube. ;Quando cheguei na empresa, não conhecia ninguém. No meu setor, havia só eu e mais duas mulheres. E lembro de uma vez em que o pessoal estava organizando um campeonato esportivo. Achei super interessante, porque, quando percebi, quem estava brincando ao meu lado era o superintendente. Aquela diversidade me marcou;, conta.

Ao fim do expediente, ela se reunia com outras funcionárias para jogar futebol no clube. ;Hoje, temos um time feminino. Nesse meio tempo, também conheci meu marido. Começamos a namorar e já se passaram 20 anos;, diz. Mesmo casada e mãe de quatro filhos, dois de 12 anos, 14 e 19, ela não deixou a tradição morrer. ;Meu trabalho é intenso e sou mãe de quatro meninos. Não é fácil. Então, vir ao clube é o momento de colocar os ;pés na areia;, diz.







Aconchego

Outro clube que oferece conforto e lazer é o da Ordem dos Advogados do Distrito Federal (OAB/DF). Situado no Lago Sul, ele coleciona histórias há 22 anos. Inaugurado para dar suporte aos advogados de Brasília, o espaço abrange um leque de opções para os mais de 700 sócios: são duas piscinas, parque infantil, 10 churrasqueiras, campo de futebol, quadras de vôlei, além de uma clínica de acupuntura e aulas de crossfit. ;Acredito que, pelo fato de o território ser pequeno, acaba que todos se conhecem. Quem frequenta aqui, vem por amor;, afirma o presidente do clube, George Ferreira.

As advogadas Renata Camporês, 34, e Juliana Dato, 31, são sócias do clube. As amigas de profissão marcaram território e criaram o primeiro time de vôlei feminino da OAB/DF. ;Quando me associei, estava em busca de um local para praticar esporte. Meus pais jogam handebol e futebol, então o sonho vem de berço. Ao conhecer a estrutura do clube, me encantei;, conta Renata.

Engajadas, as amigas conseguiram criar um time só de mulheres: uma conquista para ambas. ;Quando divulgamos a iniciativa, a procura foi tão grande que hoje nós temos um total de 24 meninas no grupo, ou seja, mais do que o estabelecido. Desde então, competimos em torneio e olimpíadas;, diz Juliana.

Além do esporte, as duas se reúnem quando estão de folga. ;A advocacia é uma loucura, então, quando temos um tempo na agenda, nos juntamos para pegar sol e tomar banho na piscina. Aqui também é um ponto de encontro entre os profissionais mais velhos e jovens. Uma verdadeira troca de experiência;, acrescenta.

Crianças

Os dois clubes têm um outro cenário. Em ambos, um grupo de crianças, alunas de escolas públicas do DF, se reúne uma vez na semana para aproveitar as instalações e encher o local de vida. ;Para nós, é um motivo de alegria abrir a porta para os estudantes. É uma alegria vê-los se divertindo, com o sorriso no rosto;, comenta o presidente da Caeso.

O projeto social também é motivo de orgulho do clube da OAB-DF. ;Aqui, eles fazem de tudo. Podem brincar no campo e nas quadras. Mas criança gosta mesmo é de água. Então, eles ficam o dia inteiro na piscina;, enfatiza George Ferreira.

*Estagiária sob supervisão de Renato Alves

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