Cidades

Presidente do IGES diz que desconhece problema de falta de médicos em UPAs

''As seis UPAs do DF estão atendendo com escala de médicos completa'', afirmou Francisco Araújo, presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF no programa CB.Poder. Para ele, o problema do sistema da capital é administrativo

Alan Rios
postado em 03/09/2019 15:56
Francisco Araújo acredita que modelo administrativo da saúde precisa ser melhor construído
Os problemas da saúde pública do Distrito Federal são administrativos, não financeiros. Essa é opinião de Francisco Araújo, presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGES-DF). Em entrevista ao CB Poder, programa da TV Brasília em parceria com o Correio, ele comentou sobre as lacunas do atendimento público e disse que desconhece falta de efetivo de médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

"Todas as seis UPAs do DF hoje estão atendendo à Portaria do Ministério de Saúde, estão com escala completa, abastecimento (de medicação) e foram reformadas", afirmou Francisco. O presidente do instituto ainda destacou os números de efetivo da pasta. "Brasília tem 600 equipes de saúde da família, uma universidade, um hemocentro, a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e 16 hospitais. O orçamento é de R$ 8,5 bilhões. Só a folha (de pagamento) da Secretaria de Saúde é de R$ 6,5 milhões. No mundo, não há um lugar com capacidade instalada tão grande;, detalhou.

Questionado sobre os motivos das reclamações constantes da população quanto ao sistema de saúde, mesmo com esses números, ele opinou que há dificuldades de planejamento e de administração que vêm de anos anteriores. "Esse desenho administrativo foi feito para não funcionar. Nosso desafio é colocar essa grande estrutura para funcionar".

Outra barreira para mais qualidade de atendimento, segundo ele, é a dificuldade do sistema de o Distrito Federal acolher também moradores de outras regiões do Brasil, como o Entorno.

Porém, Francisco avaliou que o atual governo está comprometido com mudanças efetivas no sistema público, modernizando os hospitais e as UPAs, trazendo mais informações para que a população saiba onde recorrer em cada intercorrência de saúde e humanizando o atendimento, por exemplo. "Hoje, quem mais se preocupa com a saúde é o governador Ibaneis. Mas, claro que surgem dificuldades por diversos fatores. Quanto maior a capacidade resolutiva das unidades, por exemplo, maior a demanda popular;, finalizou.
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