postado em 04/09/2019 11:34
O Governo do Distrito Federal desistiu de militarizar o Colégio Gisno, na Asa Norte, e vai fazer uma nova votação no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 407, em Samambaia Norte. Na consulta popular, realizada em 17 de agosto, as escolas votaram contra a gestão compartilhada, mas, um dia depois, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que iria implementar o projeto nas unidades de ensino mesmo assim, o que gerou insatisfação de parte da comunidade. Em nota oficial, a Secretaria de Educação informou que a decisão de refazer a consulta em Samambaia se deve a novos fatos relevantes relacionados à unidade, como a facada que um aluno levou em frente ao colégio na semana seguinte à consulta. De acordo com a pasta, pais e responsáveis entraram em contato para pedir para que a gestão compartilhada fosse implantada. "No futuro, a Secretaria poderá também rever sua decisão sobre o Gisno e fazer uma nova consulta, caso fatos da mesma natureza aconteçam na escola", completa o texto.
Procurado pelo Correio, o diretor do Gisno, Isley Marth, disse que ainda não foi informado oficialmente da decisão. Já o responsável pelo CEF 407, Rodrigo Soares, soube da mudança na manhã desta quarta-feira (4/9) e informou ainda não ter um posicionamento sobre a decisão do governo. "Ainda vou me reunir com minha equipe e mais tarde apresentaremos uma resposta", disse.
Crise
A polêmica em relação à militarização dos dois colégios que votaram contra a proposta gerou crise no governo e culminou com a saída do secretário de Educação Rafael Parente do comanda da pasta. Ele esteve no cargo desde o início do governo. No lugar dele, assumiu João Pedro Ferraz, que antes era secretário de Trabalho.