Cidades

Polícia detalha crimes de Marinésio

postado em 07/09/2019 04:06
Genir Sousa foi morta em 2 de junho. Policiais civis encontraram o corpo dela 10 dias depois


Mais de dois meses após a morte da auxiliar de cozinha Genir Pereira de Sousa, 47 anos, o assassino confesso Marinésio dos Santos Olinto, 41, será indiciado pelo crime. A expectativa é de que o inquérito policial em aberto na 6; Delegacia de Polícia (Paranoá) seja remetido à Justiça do Distrito Federal na próxima semana. O acusado deverá responder por homicídio duplamente qualificado, conforme apuração do Correio.

Investigadores estão definindo quais serão as qualificações do assassinato. Há a possibilidade de o cozinheiro responder por feminicídio. Estuda-se também o indiciamento por estupro, uma vez que o laudo cadavérico não concluiu se Genir sofreu violência sexual por parte de Marinésio, devido ao avançado estado de decomposição do corpo. Ela foi morta em 2 de junho e encontrada 10 dias depois, em uma área de mata entre o Paranoá e Planaltina.

Em depoimento à polícia, em 26 de agosto, Marinésio alegou que teve relação sexual consentida com a vítima. A versão é refutada tanto pelos agentes quanto pela família da auxiliar de cozinha. No dia em que desapareceu, Genir estava no Paranoá. Ela tinha ido à casa da patroa e seguiu para uma parada de ônibus, onde entrou no carro do investigado, que se passou por motorista de transporte pirata. A caminhada foi filmada por câmeras de segurança da área e flagraram o carro do cozinheiro, a Blazer cinza, passando.

Policiais civis da 31; DP (Planaltina) prenderam Marinésio em 24 de agosto, pelo assassinato da advogada Letícia Sousa Curado de Melo, 26 anos. Quando agentes da 6; DP souberam do modus operandi do cozinheiro, assim como o carro usado por ele, foi possível fazer a relação com a morte de Genir. Já preso, o suspeito confessou os dois crimes.

Caso Letícia

Marinésio também será indiciado pelo assassinato de Letícia. O inquérito deve ser entregue à Justiça até 18 de setembro. Os investigadores aguardam o resultado dos laudos da morte da advogada e funcionária do Ministério da Educação (MEC). Os exames serão importantes, pois indicarão como a vítima morreu e se foi estuprada.

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) analisam o corpo de Letícia, a cena do crime e o veículo do cozinheiro. As análises serão usadas para comparar com a versão dada por Marinésio, quando disse que matou a advogada asfixiada no automóvel dele. Além disso, o material genético do assassino confesso será cruzado com o banco de dados de mulheres estupradas e mortas no Distrito Federal.

Marinésio deverá ficar na carceragem até que a Justiça transforme a prisão temporária (de 30 dias) em preventiva (sem prazo para acabar). Até lá, ele prestará esclarecimentos sobre os casos dos quais é indicado como autor. Por questões de segurança, o cozinheiro não tem permissão para deixar a carceragem da Polícia Civil e ser levado para outras delegacias.

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