Cidades

Crime da 113 Sul: júri termina interrogatório de quarta testemunha

A última oitiva concluída foi de Michele da Conceição Alves, filha de Leonardo Campos Alves, condenado pelo triplo homicídio. Ela afirmou ter recebidos informações de que Adriana Villela foi a mandante dos assassinatos

Walder Galvão
postado em 24/09/2019 17:59
Júri termina interrogatório de quarta testemunha do crime da 113 SulO Tribunal do Júri terminou o interrogatório da quarta testemunha de acusação contra Adriana Villela. A última oitiva concluída foi de Michele da Conceição Alves, filha de Leonardo Campos Alves, condenado pelo triplo homicídio do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, de Maria Carvalho Villela, e da empregada do casal, Francisca Nascimento Silva. Em depoimento, ela afirmou ter tido conhecimento que Adriana foi a mandante do crime.

Ao júri, ela relatou que o irmão dela, Franklin da Conceição Alves, contou que o pai havia recebido dinheiro e joias com a morte das vítimas e que Adriana seria a mentora do crime. ;Fiquei sabendo por ele (Franklin) em Montalvânia (MG). Ele disse que tinha encontrado dinheiro enquanto limpava a casa do pai;, disse.

Abalada, o relato de Mônica se contradisse com depoimentos anteriores dela à Polícia Civil e durante o julgamento de Paulo Cardoso Santana, o Paulinho, outro condenado pelo crime. Inicialmente, na época de diligências do triplo homicídio, ela contou aos investigadores da 8; Delegacia de Policia (SIA) que Franklin havia confirmado autoria de Adriana. Entretanto, pouco tempo depois disse aos investigadores da Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida) que inventou a história.

Na época do julgamento de Paulinho e na oitiva desta terça-feira (24/9), ela voltou a afirmar que Franklin contou que Adriana seria a mandante do crime. Questionada pelo júri se a história teria sido inventado para a Corvida ou se a delegada à frente do caso na época, Mabel Alves de Faria Corrêa, teria feito alterações no boletim de ocorrência, ela afirmou não se lembrar.

Nessa segunda-feira (23/9), apenas uma testemunha de acusação foi ouvida, a delegada aposentada Mabel. O depoimento dela durou cerca de 11 horas. Nesta terça, três testemunhas foram ouvidas: Renato Nunes Henriques, delegado da polícia de Montalvânia (MG) e o policial civil Felipe Ximenes.

Para a defesa de Adriana, o dia de interrogatórios está sendo produtivo para a defesa. ;Me parece que ficou uma situação desconfortável para a acusação, já que a testemunha deu a entender que falou algo para a doutora Mabel e ela redigiu como bem quis;, frisou o advogado Marcelo Turbay Freiria.

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