Cidades

Caso da 113 Sul: termina segundo dia de julgamento

Até o momento, cinco testemunhas de acusação foram ouvidas

Walder Galvão
postado em 24/09/2019 22:04
Julgamento de Adriana Villela
O segundo dia do julgamento de Adriana Villela terminou com quatro testemunhas de acusações interrogadas. A sessão começou por volta das 9h45 e foi encerrada às 21h14. A última pessoa a ser ouvida foi o delegado aposentado Luiz Júlião Ribeiro, titular, à época, da Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida), uma das divisões responsáveis por investigar o caso.

Durante o depoimento, ele reforçou que há vários indícios que comprovam que Adriana foi a mandante do crime. Ele ressaltou que a ré, antes dos assassinatos, monitorou a filha, Carolina Vellela, sobre a presença dela na casa dos avós. Além disso, falou sobre a relação da mulher com as vítimas. ;Ela era muito agressiva com os pais e desrespeitosa;, disse.

O delegado aposentado informou ao júri que interrogou Leonardo Campos Alves, um dos três condenados pelo crime. De acordo com ele, o sentenciado revelou que Adriana orquestrou os homicídios. ;Na última versão dele (Leonardo), no dia do crime tudo estava combinado. Eles estavam nas imediações (da 113 Sul), em uma parada de ônibus, e Adriana passou três vezes. Nas primeiras, buzinou para sinalizar que estava lá e na ultima entregou para Leonardo os dólares e as joias;, detalhou.

Ainda de acordo com o depoimento, Leonardo informou ao investigador que Adriana estaria na cena do crime. O pai de Adriana, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, disse que estava decepcionado com ela. Em resposta, a ré disse falou que ele ;iria para o inferno;. Além disso, o delegado ressaltou que todo o crime teria sido orçado em 27 mil dólares e joias.

Até o momento, os jurados interrogaram cinco testemunhas de acusação. As sessões estão previstas para acabar na sexta-feira (27/9), entretanto, o encerramento pode ser adiado para o sábado (28/9). A expectativa é de que Adriana seja ouvida na quinta-feira (26/9).

Ministro anula decisão

Durante a sessão desta terça, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux como feito por peritos oficiais. A sessão chegou a ser interrompida para que o comunicado fosse feito.
A defesa da ré havia entrado com habeas corpus pedindo que o relatório fosse desconsiderado. O ministro Luís Roberto Barroso acatou parcialmente a decisão, orientando que o juiz titular da Vara do Tribunal do Júri, Paulo Rogério Santos Giordano, comunicasse aos jurados que o laudo não era feito por peritos oficiais.

Entenda o Caso

O crime da 113 Sul é como ficou conhecido o brutal assassinato do ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73 anos, da advogada Maria Villela, 69, além da empregada da família, Francisca Nascimento Silva, 58, em 28 de agosto de 2009.

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