Cidades

Grupo empresarial é acusado de burlar imposto tributário de mercadorias

Segundo a PCDF, o esquema gerou um prejuízo de, aproximadamente, R$ 50 milhões. Foram expedidos 17 mandados de busca e apreensão em residências e empresas dos líderes e de proprietários da rede empresarial

Correio Braziliense
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postado em 25/09/2019 10:28
Segundo a PCDF, o esquema gerou um prejuízo de, aproximadamente, R$ 50 milhões. Foram expedidos 17 mandados de busca e apreensão em residências e empresas dos líderes e de proprietários da rede empresarialA Coordenação Especial de Repressão à Corrupção ao Crime Organizado (Cecor) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (25/9), a Operação Crassus. Segundo investigadores, um grupo empresarial do mercado de peças automotivas teria burlado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - tributo que incide sobre a movimentação de mercadorias em geral. O esquema gerou um prejuízo de, aproximadamente, R$ 50 milhões.

A polícia identificou que os grupos burlavam a fiscalização tributária para sonegar impostos, por meio de omissão de informações. Eles emitiam declarações falsas e utilizavam documentos falsificados. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os criminosos descontituíam empresas ;estouradas; e, em seguida, abriam novos empreendimentos por meio de ;laranjas;, a fim de dar continuidade às atividades e manter o patrimônio. A PCDF apurou que os criminosos agiam desde 2013.
De acordo com a investigação, o esquema causa grave prejuízo também a outras empresas, tanto é, que há 116 ações cíveis que tramitam na justiça do DF contra o grupo. A Primeira Vara Criminal de Brasília expediu 17 mandados de busca e apreensão, em residências e empresas dos líderes e de proprietários da rede empresarial e dos executores e beneficiários do esquema, situadas no Distrito Federal e em Goiânia (GO). Além dos crimes fiscais, os criminosos também são investigados por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
"Eles tinham uma empresa e essa organização ficava inviável por conta do débito de impostos. Então, eles constituiam um novo empreendimento utilizando laranjas para continuarem trabalhando. Os suspeitos faziam isso sucessivamente para evitar a cobrança de tributos", detalhou o delegado Wenderson Teles, responsável pela investigação.

A Operação Crassus é coordenada pela Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dicot) e conta com o apoio da Secretaria de Economia do DF.


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