Cidades

Parábola do filho pródigo é lembrada em julgamento de Villela; entenda

Trecho bíblico gerou repercussão entre defesa e acusação, pois foi citado em carta da mãe de Adriana Villela para a filha. Advogados da arquiteta alegam carinho, MP lembra de questão financeira

Alan Rios
postado em 26/09/2019 11:35

Adriana Villela no TJDFTO julgamento de Adriana Villela no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) continua com trocas de farpas entre defesa e acusação. Na manhã desta quinta-feira (26/9), até mesmo uma passagem bíblica motivou diferentes reações. O trecho de Lucas 15:11-32 foi citado dentro de um contexto em que ambas as partes comentavam trocas de mensagens entre mãe e filha.

Como o Ministério Público leu, na última quarta-feira, uma carta agressiva da mãe de Adriana para a filha, a defesa da ré ressaltou hoje que existem outras comunicações entre as duas que mostravam carinho entre ambas. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, aproveitou para ler uma outra carta durante o depoimento de Enio Esteves Perche, testemunha de defesa. Nela, a mãe de Adriana, Maria Villela, se dirige à arquiteta com carinho e cita, em determinado momento: ;Leia a parábola do filho pródigo;.

As palavras de dona Maria para a filha foram usadas pela defesa para ressaltar que a relação das duas era de amor. Porém, promotores do Ministério Público aproveitaram para discutir o trecho bíblico, nas perguntas para a testemunha de defesa. ;O senhor lembra dessa parábola, Enio? Nela, o filho pega metade da herança e gasta tudo, depois volta arrependido e é recebido com carinho. O ponto chave é que os pais sempre acabam perdoando;, disse o promotor Maurício Miranda. Enio havia dito que nunca presenciou brigas entre as duas.

O MP deixou entender que seria normal haver manifestações amorosas entre mãe e filha após aquela carta agressiva, pois existe perdão nesses relacionamentos. Já a defesa acredita que as palavras mais ríspidas da dona Maria para a ré, como ;estamos cansados dos seus destemperos;, foram momentos normais de desavenças de qualquer família.

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