O quarto dia do julgamento de Adriana Villela terminou com sete testemunhas de defesa interrogadas. Familiares, amigos e um professor da ré compareceram ao Tribunal do Júri para comentar sobre a relação com a acusada. Ela é acusada de participação no assassinato dos próprios pais, José Guilherme Villela, 73 anos, ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e da advogada Maria Villela, 69, além da empregada da família, Francisca Nascimento Silva, 58.
No período da tarde, Marcos Menezes Barberino Mendes, primo de Adriana, e Célia Barberino Mendes Sena, tia dela, informaram ao júri que a ré tinha boa relação com a família e pouco sabiam sobre brigas entre a família Villela. ;Adriana é uma mulher intensa, cheia de opinião. Não aceitava o lugar comum e a mãe também era assim;, disse o primo.
Para a tia, mãe e filha eram amorosas e nunca soube de qualquer discussão entre elas sobre dinheiro. O professor de mestrado de Adriana, Elimar Pinheiro, disse ao júri que a acusada era uma boa aluna e chamava atenção pelo dinamismo. ;É uma pessoa que não tem apego pelo dinheiro;, reforçou.
A arquiteta Alexandra Reschke, amiga de Adriana há 14 anos, foi a última testemunha interrogada do dia. Ao júri, ela também reforçou a ré tinha boa relação com a família, principalmente com a mãe. De acordo com ela, Maria apoiava o trabalho da filha e que ajudava no desenvolvimento de projetos.
Durante a sessão, Adriana se emocionou bastante e chorou na maioria dos depoimentos. Ela também se irritou e deixou o plenário quando o procurador de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Maurício Miranda, questionou a testemunha Alexandra se a ré teria procurado ajuda médica para cessar o uso de maconha.
Até esta terça, o Tribunal do Júri recebeu 15 testemunhas: oito de acusação e sete de defesa. A previsão era de que o julgamento se encerasse nesta sexta-feira (27/9), entretanto, pode ser entendido por mais dias. A decisão só será divulgada no fim da sessão.