Queila Regiane das Costa Santos, 43 anos, foi morta a facadas em casa, na região do Catingueiro, área rural da Fercal. O marido, Iron da Cruz Dias, 38, confessou o crime. Ele foi preso no fim da tarde de ontem, depois de agentes fazerem buscas durante todo o dia. Esse é o 23; feminicídio registrado no Distrito Federal em 2019. O caso está sendo investigado pela 35; Delegacia de Polícia (Sobradinho).
O casal, junto há mais de 20 anos, tem duas filhas, uma de 18, que mora na chácara ao lado, e outra de 13, que estava em casa no momento do assassinato. Familiares relataram à polícia que Iron foi até a casa da filha mais velha pedir socorro para a esposa. ;Ele teria falado para a filha que a mãe estava passando mal. E de lá teria se evadido;, disse o delegado-chefe da 35; DP, Laércio de Carvalho.
A mãe da vítima, Maria da Costa Martins, contou que, após ouvir os gritos das netas, foi até o local e as encontrou chorando. ;Quando cheguei, estavam as duas agarradas, gritando, falando que a mãe estava sangrando muito. Quando eu entrei, ela já estava morta, com uma poça de sangue na beira da pia;, detalhou.
Segundo a polícia, o crime teria ocorrido por volta das 5h. O corpo foi encontrado na cozinha da residência; e a arma usada, no quintal. De acordo com o delegado, a vítima levou, no mínimo, três golpes de faca.
Confissão
Na delegacia, Iron disse que o primeiro golpe foi ainda no quarto do casal. ;Saí para levar minha filha lá para baixo, e a Queila ficou na cama. Quando voltei, ela estava na cozinha perto da porta com uma faca na mão.; No cômodo, Iron conta que tomou a faca e esfaqueou Queila de novo.
À polícia, a família relatou que Iron estava há algum tempo com ciúmes da vítima. ;Eles falaram que ele tinha cenas de ciúmes, mas nada que levasse a crer que poderia matá-la;, disse o delegado.
;Foi por falta de conversa, não foi por conta de ciúme. Eu sempre falei para ela que, se quisesse ir embora ou tivesse com alguém, poderia, porque eu não ia impedir;, declarou Iron Dias em depoimento. O homem alegou ter ;perdido a cabeça; e estar arrependido do crime.
Após a prisão, a filha mais velha do casal foi à delegacia. Ao ver o pai, ela se emocionou e chorou apoiada por amigos e familiares.