postado em 29/09/2019 04:16
CECAN
A arte de se reinventar para ensinar
Um dos mais tradicionais colégios de Brasília, o Centro de Ensino Candanguinho (Cecan) completa 50 anos em 2019. A unidade de ensino foi concebida pela educadora Doralice Crivaro, carinhosamente conhecida como Tia Dorinha e classificada pela atual diretora-geral, Rose Bernardi, como ;intuitiva e extremamente visionária;. ;A criação da escola foi a materialização de um sonho muito pessoal: uma escola que permitisse às crianças o desenvolvimento em todas as suas dimensões;, afirma.
Rose, 53 anos, conta que a escola nasceu bem à frente de seu tempo. ;No final da década de 1960, Tia Dorinha já preconizava uma educação muito mais assemelhada ao século 21 do que à década em que surgiu. Talvez por isso mesmo tenha sido tão bem-aceita por uma Brasília que, àquela época, não se intimidava diante da modernidade;, avalia.
A diretora acrescenta que o sucesso da instituição levou os fundadores à necessidade de expansão e, por isso, em 1998, inaugurou-se a unidade do Sudoeste, com maior abrangência de séries do que a da Asa Sul. Em 2003, a família decidiu desativar a unidade da Asa Sul e focar na do Sudoeste, localizada entre as quadras 303 e 304. Em 2014, a escola foi adquirida pelo Grupo Sistema Educacional Brasiliero (SEB). ;É uma escola que, há 50 anos, escreve e conta a história de muitas famílias. E se reinventa sempre que necessário, para continuar a fazê-lo por mais 50, 100, 150 anos, sempre com muita clareza de seu papel;, orgulha-se Rose.
Além de educação básica , o Cecan tem um programa bilíngue, o Global American Program, que acompanha o currículo desde a educação infantil ao ensino médio, conferindo aos alunos a dupla certificação: brasileira e americana. Além disso, possui um extenso e completo programa de contraturno, o Educo, o que garante às famílias conveniência e ; acima de tudo ; qualidade pedagógica, através de atividades diversificadas, organizadas em trilhas de desenvolvimento: criatividade e expressão, esporte e movimento, mundo digital e saber +.
Neste ano, a escola foi escolhida para trazer a Brasília o Pueri Bilíngue, o que, segundo Rose, significa compreender e utilizar os recursos necessários para solucionar os desafios de uma educação contemporânea, endereçada ao nativo do século 21. ;É ter todas as ferramentas e repertório para preparar o aluno para resolver os problemas do mundo de hoje e do futuro. É capacitá-lo para responder aos desafios não só com seus recursos cognitivos, mas também ; e principalmente ; com os não cognitivos. É educá-lo para lidar com a sociedade digital que o circunda;, enfatiza.
Para a diretora, os segredos que a ajudaram na trajetória foram gostar de gente, assumir a responsabilidade por suas decisões, agir com transparência e colocar pontos de interrogação no lugar dos pontos finais. ;Os erros que cometemos devem, sempre, ser encarados com total transparência. Isso é um norte, e é essencial. É a partir deles que crescemos. Simples assim;, finaliza Rose.
"É uma escola que, há cinquenta anos, escreve e conta a história de muitas famílias. E se reinventa sempre que necessário, para continuar a fazê-lo por mais 50, 100, 150 anos, sempre com muita clareza de seu papel;
Rose Bernardi, diretora-geral do Cecan
STARTUPS
Evento que une tecnologia e educação chega a Brasília
O conceito startup chegou para ficar. Os negócios, criados por grupos de pessoas que gostam de inovar, têm crescido exponencialmente. Nesse mundo de inovações, as startups se dividem para servir a variados objetivos e públicos. As edtches, startups que usam a tecnologia para desenvolver soluções para a educação, são um desses exemplos.
De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), foram identificadas 364 edtches em todo o país em 2018. A ideia do segmento é a busca pela junção da tecnologia e educação, aplicando, assim, soluções inteligentes para a esfera educacional.
Com foco nesse segmento, em 17 de outubro acontece a 5; edição do principal evento do Edtech Meetup, em parceria com a Casa Thomas Jefferson, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, que irá contar com palestras e exposições das principais edtches da capital federal e de todo o país. O tema abordado é o Bug do Milênio e como a educação parece ter passado despercebida pela mudança digital.
Futuro
A primeira edição do encontro aconteceu em maio de 2017. O evento abordou o futuro das tecnologias de educação. Ainda em 2017, as edtechs se reuniram mais uma vez para firmar um compromisso com o futuro da educação, traçando os rumos do ecossistema. Um ano após o primeiro encontro, o 3; Edtech Meetup serviu para o ecossistema olhar para dentro e perceber suas mudanças e evoluções. A 4; edição do Edtech Meetup foi o primeiro encontro das edtechs de Brasília com o mercado internacional e debateu como manter vivo o futuro da educação.
5; Edtech Meetup
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães
Data: 17 de outubro
Ingressos: R$ 120. Para instituições de ensino, os valores dos ingressos e benefícios variam conforme o número de participantes
Mais informações: (61) 99833-3028 e www.edtechmeetup.com.br
Gente...
Juliana Diniz
Resultados expressivos em aprovação
A infância ao lado do Rio São Francisco moldou a trajetória de Juliana Diniz, 37 anos. ;A proximidade com o rio, dentro de uma realidade que versava sobre tudo o que ele levava e trazia, sempre me instigou o pensamento sobre a necessidade de mudança e transformação ;, afirma. Nascida em Pirapora (MG), ela trabalha com educação há 17 anos e, hoje, é diretora regional do Centro-Oeste do grupo SOMOS, responsável pela gestão do Sigma.
Juliana explica que o sentimento de querer fazer a diferença associado à experiência de ser de uma família de educadores e ter boas referências da escola em que estudou a ajudou a identificar a vocação: trabalhar de forma ampliada o cuidado com o outro.
;Minha trajetória profissional até chegar a diretora regional foi sendo traçada com muita determinação, método, estudo e dedicação. Cursei Pedagogia na UnB. No terceiro semestre, aceitei o convite de estágio no Sigma, por acreditar na proposta pedagógica, e nunca mais saí da escola;, explica. Juliana acrescenta que, na direção regional, assumiu mais duas escolas da rede: Escola Chave do Saber e Maxi, em Cuiabá (MT), e Integrado, em Goiânia (GO).
;Em 36 anos de história, o Sigma tem contribuído com uma educação significativa, para além da excelência acadêmica, engajada na formação de sujeitos éticos, comprometidos com as atividades profissionais e com a cidadania;, afirma. Ela destaca que, ao longo dessas décadas, já foram preparados mais de 30 mil estudantes para o mundo. ;Continuamos aprendendo e evoluindo, aprimorando cada vez mais o trabalho pedagógico e encarando os desafios da modernidade.;
O que desejava conquistar quando escolheu a carreira de gestora?
Construir uma cultura organizacional que valorizasse cada uma das pessoas envolvidas no processo de educar e, com isso, a gente fosse capaz de gerar cada vez mais melhores resultados para a escola como um todo.
Além disso, sempre desejei poder contribuir com uma educação que impactasse o maior número de pessoas possível, dado minha crença forte de que a educação é o maior elemento transformacional da humanidade.
Que desafios enfrenta?
O maior desafio que encontramos hoje é conseguir fazer o investimento apropriado nas maiores necessidades da escola, como a formação continuada de professores. Outro desafio é lidar com uma geração que está passando por uma transição, o que nos exige novas concepções e novos modelos.
A qual tarefa dedica a maior parte do tempo na gestão?
Divido meu tempo em três importantes frentes. A primeira é a gestão de pessoas, porque acredito realmente que são elas que fazem a diferença no nosso negócio. Também dedico muito tempo estabelecendo ritos de governança que garantam uma execução efetiva e de qualidade do que propomos a entregar. E a terceira atividade a que me dedico bastante é a construção de estratégias que nos façam eficazes na realização do nosso propósito.
Qual diferencial o negócio apresenta em relação à concorrência?
A metodologia do Sigma alcança todas as particularidades do estudante. Isso porque a formação vai desde o aspecto cognitivo e intelectual até o afetivo e moral. Esse modelo possibilita a construção do cidadão que o mundo necessita: ético, crítico e transformador. Outro grande diferencial é a forma de conceber aprendizagens por meio de experiências. O Sigma não se limita à construção do conhecimento por ele mesmo, mas de sua aplicação plena na vida do estudante.
Como mantém o grupo motivado?
Em 36 anos de atuação, para tornar-se uma das maiores instituições do país, foi preciso muito engajamento e uma equipe muito bem preparada. Toda a construção da cultura Sigma acontece de forma participativa e colaborativa, sendo a união de experiências um fator determinante para a concretização dos projetos da escola. O trabalho da equipe é baseado em valores como respeito, autonomia, equidade, convivência ética e gestão democrática. Os gestores têm como propósito o desempenho de funções que se articulam, formando um bloco coeso para garantir o sucesso da aprendizagem.
Como se prepara para evitar erros na operação?
Toda empresa que se propõe ao crescimento e ao desenvolvimento está sujeita ao erro, e a gente valoriza a falha como condição sine qua non para a aprendizagem. Uma maneira que utilizamos para evitar o erro é ter processo muito bem planejado e calculado e com modelos que são testados amplamente.
Que decisões você precisa tomar hoje para construir uma empresa de 100 anos?
Estar comprometida com o desenvolvimento do coletivo e com a aprendizagem dos nossos alunos. Também é importante revisitar continuamente os valores e propósitos da empresa e fazer um investimento em transformação digital, que acredito que realmente trará uma inovação disruptiva que oferecerá uma nova condição de aprendizagem para os nossos alunos como um todo.
Notas...
Vagas de emprego
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil registrou criação líquida de 121.387 vagas formais de trabalho no mês de agosto, embalado pelo setor de serviços. Esse é o melhor dado para o mês desde 2013. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia. No primeiro semestre, foram criadas 593.467 vagas. Entre os oito setores avaliados pelo Caged, seis ficaram no azul em junho, com destaque para serviços, comércio, indústria da transformação e construção civil. Serviços industriais de utilidade pública e agropecuária responderam pelo fechamento de empregos no mês, com 77 e 3.341 vagas encerradas, respectivamente.
Vendas para o Dia das Crianças
De acordo com levantamento feito pelo Instituto Fecomércio, 37,2% dos lojistas esperam aumentar as vendas no período do Dia das Crianças. Já 13,8% acreditam que as vendas serão menores e 49% apostam que a data não trará diferenças. A pesquisa foi realizada com 500 empresários de 15 segmentos diferentes. As áreas com maior projeção de crescimento nas vendas são chocolaterias (53%), calçados/acessórios (48,44%) e brinquedos (45%). O valor médio do presente foi estimado pelos lojistas em R$ 251,98. O levantamento do Instituto Fecomércio avaliou ainda que 70,8% dos entrevistados devem manter seus estoques. Já 25,8% pretendem aumentar e 3,4% devem diminuir o nível do estoque ante ao ano passado. O empresariado também indicou que não irá alterar, em média, o preço dos produtos.
Atendimento à mulher
Pesquisa dos Municípios Brasileiros (Munic) 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, revela que apenas 8,3% dos municípios têm delegacias especializadas de atendimento à mulher e 9,7% oferecem serviços focados no atendimento à violência sexual. O estudo também mostra que o percentual de municípios com organismo executivo de políticas para mulheres caiu entre 2013 (27,5%) e 2018 (19,9%), chegando ao patamar de 2009 (18,7%). Em 2018, 99,5% (5.540) dos municípios prestavam algum tipo de serviço socioassistencial. Dentre eles, 99,8% (5.529) tinham pelo menos um serviço de proteção social básica e 82,4% (4.563), de proteção social especial. Diminuiu também o percentual de municípios que contam com casas-abrigo de gestão municipal para mulheres em situação de violência. Em 2013, o número era de 2,5%, contra 2,4% em 2018. Em 2019, 1.221 mulheres e 1.103 crianças foram atendidas pelas casas-abrigo, sendo que a atividade essencial ofertada é o atendimento psicológico individual (74,5%).