Mariana Machado
postado em 01/10/2019 14:32
Com lotação máxima para 224 pessoas, o auditório do Tribunal do Júri, onde ocorre o julgamento de Adriana Villela, segue lotado nesta terça-feira (1;/10). Do lado de fora, ao menos 20 pessoas aguardam a disponibilidade de cadeiras. Para coordenar o movimento da plateia, a segurança do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) distribui senhas a quem quer entrar no plenário.
Desde a manhã, Adriana Villela é interrogada pelo juiz Paulo Rogério Santos Giordano, titular do Tribunal do Júri, no que é considerado o dia mais importante de todo o julgamento. Por estratégia dos advogados, a acusada não vai responder às perguntas do Ministério Público nem da assistência de acusação, apenas do juiz, jurados e da própria defesa.
Estudantes, jornalistas e pessoas curiosas a respeito do crime da 113 Sul compõem a plateia. Os grandes nomes tanto na acusação quanto na defesa atraem principalmente alunos do curso de direito. É o caso de Carlos Henrique Mesquita, 23 anos, aluno do 9; ano da UDF. "Como o advogado é muito qualificado e está se saindo bem, eu acredito na absolvição. Ele está colocando a dúvida na cabeça dos jurados", pondera.
Para a colega dele, Letícia Henrique Souza, 26 anos, no entanto, a acusação feita pelo Ministério Público é sólida. "Não teve um dos acusados que participou efetivamente do crime, que não a acusou. Para mim, não resta dúvida r é eu acho que o MP está sensacional", elogiou.
Entenda o caso
Adriana Villela é acusada de ter ordenado o assassinato dos pais em agosto de 2009. O ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, a advogada Maria Villela e a empregada da família Francisca Nascimento Silva foram mortos a facadas dentro do apartamento do casal na 113 Sul.
O julgamento da acusada teve início em 23 de setembro e pode ser . Ele já é o mais longo da história do DF, com quase 90 horas de duração. Após o interrogatório, será a vez do debate entre acusação e defesa e só então os jurados darão o veredito.