Cidades

Caso Villela: defesa questiona Júri devido a suposta mentira de jurada

Adriana Villela foi condenada a 67 anos e seis meses de prisão em regime fechado, acusada de ter ordenado o assassinato dos pais, em 2009

Emilly Behnke
postado em 04/10/2019 22:15
Defesa afirma que uma das juradas mentiu ao negar ter redes sociais; ela teria publicado uma ''fake news'' sobre Kakay, advogado de Adriana A defesa de Adriana Villela entrou com recurso nesta sexta-feira (4/10) solicitando a anulação do júri popular que condenou a arquiteta a 67 anos e seis meses de prisão. A petição feita ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) alega que uma das juradas mentiu ao negar ter feito declarações em rede social a respeito de Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado da ré.

As "informações falsas prestadas à Justiça" ocorreram no momento do sorteio dos jurados, quando Kakay comunicou ter sido alvo de fake news por uma das pessoas sorteadas. Na ocasião, a jurada afirmou nunca ter tido redes sociais. "É óbvio que uma pessoa que faz uma fake news sobre um advogado não pode ser jurada", afirmou o advogado ao Correio.

Nas redes sociais, em 22 de outubro de 2018, em uma página pessoal que, segundo a defesa, pertenceria a jurada, uma publicação acusou Kakay de ser o advogado de Adélio Bispo, preso por esfaquear o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL).

"Ela fez um crime contra o Tribunal do Júri, contra a Constituição Brasileira, ela mentiu para toda a sociedade brasileira. A quem interessava ela mentir? Isso é gravíssimo", declarou Kakay. Para o advogado, a única opção é anulação do júri. Ele espera ainda que Ministério Público tome providências em relação à jurada.

O caso

O julgamento de Adriana Villela foi o mais longo da capital do país com duração de 10 dias. A arquiteta, de 55 anos, foi condenada pelo que ficou conhecido como o ;crime da 113 sul;, em que os pais da ré, o ex-ministro José Guilherme Villela e a advogada Maria Villela, e Francisca Nascimento Silva, que trabalhava com a família, foram esfaqueados até a morte. O caso ocorreu em 28 de agosto de 2009.

O tribunal do júri concluiu que Adriana foi a responsável por encomendar o crime e a condenou a 67 anos e seis meses de reclusão em regime fechado, mais 20 dias de multa.

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