postado em 06/10/2019 04:16
Começa julgamento de Janot
Escolhido por sorteio, o advogado Leonardo Ranña, conselheiro da OAB-DF, será o relator das representações de autoria do governador Ibaneis Rocha (MDB) e do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que pedem a cassação da carteira de advogado do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. O caso será analisado no Tribunal de Ética da entidade e corre sob sigilo. Janot terá oportunidade de apresentar defesa, obviamente, e até poderá participar de uma audiência para esclarecer as declarações que deu à imprensa sobre a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes na antessala do STF. Advogado de contencioso cível, criminal e empresarial, Ranña é conselheiro da administração de Délio Lins e Silva Júnior e presidente da 2; Turma do Tribunal de Ética da OAB-DF. A primeira medida será a análise da suspensão cautelar do registro de Janot como advogado. Tudo passa pelo pleno do Tribunal de Ética.
Delegados poderiam provar que foi latrocínio, diz Bessa
Ex-diretor da Polícia Civil, o ex-deputado Laerte Bessa trabalhou na defesa da arquiteta Adriana Villela, mas não foi autorizado por ela a participar da equipe de advogados no julgamento encerrado na última quarta-feira. Pelo Twitter, Bessa criticou: ;A vaidade da defesa e a arrogância da ré, Adriana Villela, resultaram em sua condenação. Escolheram as testemunhas erradas;. Bessa sustenta que Adriana é inocente e isso poderia ser atestado por três delegados que atuaram no caso: Debora Menezes, Adval Cardoso de Matos e Pedro Cardoso, ex-diretor da Polícia Civil. ;Eles deveriam ter prestado depoimento. Foram os primeiros a conhecer a história e sabem que foi latrocínio;, diz Bessa. A Polícia Civil, no entanto, encerrou o inquérito com outra conclusão, sob o comando da delegada Mabel de Farias. A tese foi encampada pelo Ministério Público e pelos jurados. A defesa de Adriana não quis comentar.
Vitória sóbria
No final do julgamento de Adriana Villela, quando os jurados já tinham um veredito ainda não anunciado, os três promotores de Justiça chegaram no plenário com o semblante fechado. Na plateia, a aposta pela análise da linguagem corporal era de que o Ministério Público tinha sido derrotado. Mas ocorreu o contrário. Depois, à coluna, o procurador Maurício Miranda explicou: ;Não tem comemoração num caso como esse. Ninguém fica feliz com a condenação e o crime não deixa de existir;.
Mais um júri?
O procurador Maurício Miranda ainda gostaria de participar de um outro júri: o do caso Timponi. Para isso, no entanto, como ele foi promovido para atuar na segunda instância, será necessária a autorização do Conselho Superior do Ministério Público. Pode ser também que esse julgamento nem saia. A defesa do réu, denunciado por provocar a morte de três pessoas na Ponte JK, em acidente de trânsito, alega que Paulo César Timponi está doente, com insanidade mental e não tem mais conhecimento da acusação. Se a Justiça acatar o laudo médico, o processo será suspenso.
Sem unanimidade
A condenação de Adriana Villela como mandante da morte dos pais não foi unânime. Mas houve uma maioria folgada. Na sala secreta, ao analisar os quesitos apresentados pelo juiz Paulo Giordano, apenas dois dos sete jurados votaram a favor da arquiteta.
Fogo amigo
As críticas do superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira, à senadora Leila Barros (PSB-DF) pegaram o grupo político de surpresa. Como a coluna mostrou ontem, Valdir considerou demagogia declarações de Leila sobre financiamentos públicos de campanha, quando ela teve apoio forte do partido na disputa ao Senado. Valdir é irmão do ex-deputado Chico Leite, que integrou a chapa de Rollemberg e Leila, mas perdeu e reclamou da estrutura dedicada à candidata. Valdir garante que falou com isenção: ;Isso é política barata e oportunismo. Não combina com os dias de hoje;.
Mandou bem
A Justiça de São Paulo cedeu ao Corpo de Bombeiros do DF um helicóptero apreendido pela Polícia Federal em abril deste ano com 500 quilos de cocaína. A aeronave, que era utilizada para o tráfico de drogas, agora integra a frota de salvamento da corporação. O DF disputou o helicóptero com 10 estados.
Mandou mal
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais como líder de esquema de candidaturas de fachada para desvios de recursos no PSL de Minas Gerais durante a campanha de 2018. Por enquanto, continua no governo.
SO PAPO
;Nossas pesquisas indicam que mais de 80% dos pais gostariam que os filhos estudassem numa escola cívico-militar, e eu convido a todos os pais a irem conhecer uma escola perto da sua casa. Vocês vão ficar encantados. O desempenho escolar chega a ser 70% superior a uma escola padrão normal;
Ministro da Educação, Abraham Weintraub
;Investir R$ 54 milhões em escolas militares, sem nenhuma evidência que de fato elas melhorem a qualidade do ensino público, não faz o menor sentido. Isso só mostra que o governo quer impor sua ideologia a qualquer custo.;
Deputada Tábata Amaral (PDT-SP)