Sarah Peres
postado em 06/10/2019 11:40
As ruas de Taguatinga ganham mais cores e enfeites para receber a tão esperada 14; edição da Parada do Orgulho LGBT. O evento ocorre a partir das 13h deste domingo (6/10), na Praça do Relógio. Em 2018, a festa chegou a reunir quase 60 mil pessoas. Neste ano, haverá dois trios elétricos para guiar o público, com cantores e DJs locais, um coletivo de Drag Queens e o show do cantor Mateus Carrilho (ex Banda Uó).
O tema da parada deste ano é "Eu sou igual a você", como um manifesto pela igualdade social e na luta contra a homofobia. "Estamos repetindo um tópico levantado pelo Grupo Arco-Íris, em uma parada LGBT do Rio de Janeiro há 10 anos. O nosso objetivo com isso é mostrar que pouca coisa mudou até hoje. Continuamos sofrendo discriminação apenas pelo modo de amarmos, sendo que também somos seres humanos. Sentimos dor e fome como qualquer um", destaca Michel Platini um dos coordenadores do evento e presidente do Centro de Direitos Humanos (CDH).
"Essa mensagem é para trazer uma reflexão para a sociedade, que precisa refletir o tratamento da população LGBT. Também queremos proporcionar uma análise quanto a perda dos nossos direitos. Sofremos todos os dias preconceitos, ameaças e ataques. Não podemos deixar de lembrar que o Brasil ainda é um dos países que mais mata LGBTs no mundo. E, mesmo assim, não temos políticas públicas que garantam os nossos direitos. Temos muito o que avançar e, para além de um espaço de festa, a parada é local de luta", acrescenta Michel.
Festa
A 14; Parada do Orgulho LGBT de Taguatinga contará com dois trios para animar o público presente. O primeiro será guiado pela organização do evento e terá as atrações musicais. A principal é o goiano Mateus Carrilho. Entre os sucessos do cantor, em época solo, estão Privê; Não Nega; Toma, com Tainá Costa; e Sonzeira, com a participação da Mc Tha.
O segundo trio só terá Drag Queens. O comando do trio mais expressivo será do coletivo Distrito Drag, oriundo do Distrito Federal. "Todas as atrações foram pensadas em dar visibilidade para as nossas lutas. Tudo foi pensado por pessoas da comunidade LGBT, com o objetivo de trazer o melhor para os participantes", esclarece Michel Platini.
Vale
Entre as lutas deste ano da parada, está a proposta da criação de uma casa de acolhimento LGBT. Os organizadores do evento pedirão R$ 1 real de cada participante do evento, para o fundo do projeto, que ganhou o nome Vale.
"Além de cobrarmos ações de proteção à comunidade LGBT por parte do governo, queremos fazer nossa parte. Com a ajuda de todos, queremos abrir o Vale, uma casa de apoio à nossa comunidade. Será um centro de pesquisa, mas também de acolhimento aos LGBTs expulsos de casa no Distrito Federal", acrescenta o coordenador Michael Platini.
Serviço
14; Parada LGBT de Taguatinga
Quando: Hoje (13/10), a partir das 13h.
Onde: Praça do Relógio