Cidades

Após passar por cirurgia, tigresa Maya morre no Zoológico de Brasília

A felina foi submetida a procedimento cirúrgico para reparo do trajeto intestinal, mas não resistiu. O irmão dela, Dandy, já havia falecido no último domingo (29)

Sarah Peres
postado em 07/10/2019 10:32

A tigresa Maya morreu na noite de domingo (6/10)Morreu, na noite deste domingo (6/10), a tigresa branca Maya, no Zoológico de Brasília. A felina passava por uma cirurgia de reparo do trajeto intestinal e não resistiu ao procedimento. Em 12 de setembro, veterinários detectaram uma infecção no útero do animal. Já em 29 de setembro, o irmão dela, , por causa de uma insuficiência renal moderada.

O óbito de Maya foi divulgado pelo Zoo por meio das redes sociais, na manhã desta segunda-feira (7/10). "Vida e morte, são indissociáveis. Essas são uma das primeiras coisas que aprendemos quando trabalhamos com a natureza;, iniciou a nota de pesar. ;Infelizmente, animais morrem tanto em estado selvagem quanto sob nossos cuidados", justificou a entidade, ainda no texto.

Conforme nota divulgada, Maya era acompanhada por oito veterinários e especialistas em unidades de tratamento intensivo (UTI), 24 horas por dia. A tigresa lutou por 17 dias, mas não conseguiu resistir aos ferimentos decorrentes dos diversos procedimentos cirúrgicos.


"O momento é de profundo luto. Um sentimento de que perdemos um membro da nossa família. (...) A partida do Dandy e da Maya marca o fim dos tigres-brancos no Zoológico de Brasília, mas não da nossa missão em ajudar na sobrevivência de espécies ameaçadas. (...) Não podemos permitir que a dor e a tristeza sejam ampliadas com a extinção de espécies. É por essa razão que toda nossa equipe reitera e reforça o seu compromisso com o uso da ciência e da sensibilidade em prol da biodiversidade;, destacou a nota divulgada pelo Zoo.

A equipe esclareceu que desde a descoberta da situação de saúde da tigresa, em 12 de setembro, ela estava em um quadro de saúde delicado. A cirurgia para a retirada do útero e ovários de Maya ocorreu em 14 de setembro. Mas, cinco dias depois, ela sofreu com o rompimento das suturas abdominais e, consequentemente, das vísceras dela saíram pela abertura da incisão cirúrgica.

Com isso, profissionais do Zoo realizaram uma nova cirurgia, para remover o tecido necrosado do intestino da tigresa-de-bengala e interligar os pontos. Entretanto, novamente após cinco dias do procedimento (24/9), houve a ruptura dos pontos internos de Maya. Assim, ela precisou passar por uma nova intervenção cirúrgica.

Mortes anteriores

Conforme dados divulgados pelo Zoológico de Brasília, na última quarta-feira (2), 53 animais que viviam no local morreram, somente neste ano. Entre eles, cinco são bichos de grande porte: o cervo nobre fêmea Jénifer, em 11 de fevereiro; o antílope ou waterbuck Vingador Júnior, em 9 de março; o adax fêmea Marisa, em 7 de maio; o orix Copán, em 3 de setembro; e o tigre-de-bengala Dandy, irmão de Maya, em 29 de setembro.


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