Cidades

Marinésio se torna réu pela morte de Letícia e por estupro em Sobradinho

O cozinheiro Marinésio Santos confessou ter matado a advogada Letícia Curado em 23 de agosto. A segunda acusação é relativa a um estupro ocorrido em 2013

Sarah Peres
postado em 08/10/2019 20:27
Marinésio dos Santos Olinto após ser preso, em agosto passadoA Justiça acatou a denúncia contra Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, por dois crimes: um estupro ocorrido em 2013 e o assassinato da advogada Letícia Sousa Curado de Melo, 26. Neste crime, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acusa o cozinheiro de homicídio quintuplamente qualificado, tentativa de estupro, ocultação de cadáver e furto.

As qualificadoras do homicídio da advogada são: feminicídio, motivo torpe, meio cruel, asseguração da impunidade do crime e dissimulação. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) não divulgou mais detalhes sobre o processo, por correr em sigilo.
Letícia foi atacada na manhã de 23 de agosto, quando esperava transporte em uma parada de ônibus no bairro Arapoanga, em Planaltina, com o objetivo de ir para o trabalho, no Ministério da Educação (MEC), localizado na Esplanada dos Ministérios. Marisério passou com a Blazer prata e fingiu ser motorista de transporte pirata, para atrair a vítima. Agentes da 31; Delegacia de Polícia (Planaltina) encontraram o corpo dela em 26 de agosto. A mulher morreu asfixiada, de acordo com o laudo cadavérico produzido pelo Instituto de Medicina Legal (IML), da Polícia Civil.

Letícia Curado, uma das vítimas do cozinheiroO cozinheiro está preso desde 24 de agosto, quando policiais encontraram o veículo dele. Os pertences de Letícia estavam dentro da Blazer. A denúncia do MPDFT foi entregue à Justiça em 19 de setembro, mesma data em que o Tribunal do Júri de Planaltina aceitou a proposta. Ainda no mesmo dia, a prisão temporária de Marinésio foi convertida em preventiva ; ou seja, sem prazo para acabar.

Acusação de estupro

[SAIBAMAIS]Além do caso Letícia Curado, o TJDFT também tornou o acusado réu pelo estupro de uma mulher, atacada em Sobradinho, em 2013. A vítima afirma ter sido estuprada por Marinésio em uma estrada de chão próximo ao Polo de Cinema da região administrativa. O cozinheiro também se passou por motorista de transporte pirata para atacar a vítima.

Conforme informações do MPDFT, a mulher aguardava um ônibus em uma parada em frente à Feira Permanente de Sobradinho. Marinésio parou o veículo e perguntou para onde ela estava indo. Então, a vítima disse que seguia para Planaltina e ele disse que iria para o mesmo lugar.

A vítima chegou a dar o dinheiro da passagem ao agressor, mas ele se negou, alegando que daria uma carona. Após alguns minutos, Marinésio mudou a rota da viagem, adentrando em uma área rural de Sobradinho. A vítima argumentou, mesmo assustada, que ele estava indo para o caminho errado, pois seguiam para Planaltina. O cozinheiro alegou a vítima que precisava passar pela área, antes que seguisse para o destino final.

Durante o trajeto na estrada de chão, Marinésio perguntou para a mulher se ela ficaria com ele. Com medo, ela consentiu. Ainda de acordo com a mulher, o suspeito era tão violento que chegou a arrancar fios de cabelo dela. A vítima conseguiu fugir correndo quando o cozinheiro parou o veículo. A Vara Criminal de Sobradinho aceitou a denúncia em 3 de outubro.

Marinésio deve se tornar réu por mais crimes ainda, incluindo outro homicídio. Na última quinta-feira (3/10), ele foi indiciado pela morte da auxiliar de cozinha Genir Pereira, 47 anos, encontrada morta em junho passado. Ele também confessou esse assassinato.

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