postado em 20/10/2019 04:07
A pergunta comum entre todos os familiares das vítimas é: ;Quantas mais;? No ano passado, o Distrito Federal registrou 29 feminicídios e até agora 26 casos marcaram o ano de 2019. A advogada e professora universitária Soraia Mendes, 45, alerta sobre a ausência do Estado para a proteção das mulheres. ;Há uma delegacia da mulher no Plano Piloto e a Casa da Mulher Brasileira está fechada. Imagina uma mulher que sofra violência em Planaltina e precise de ajuda... Para onde a gente vai correr?;, questiona. Ela afirma que em Maceió, Salvador e Porto Alegre há rondas de monitoramento de inteligência policial que se desdobram para atender mulheres em situação de violência, o que ainda não existe no Distrito Federal. ;Quando a mulher ligar para o 180, ela deve ser atendida urgentemente;, diz.
Soraia enfatiza a importância de se discutir sobre a violência ainda na infância. ;A criança tem que ter acesso às informações;. Para ela, a violência é facilitada em áreas mais carentes, mas atinge a todas, desde a mulher assassinada no Entorno, onde não há atendimento para vítimas de violência, até lugares considerados mais seguros como o prédio da Secretaria de Educação. ;Em que lugar nesse país as mulheres estão seguras?;, questiona.