Cidades

Família de vendedora acredita que assassinato foi planejado

Sobrinho da vítima tem a suspeita de que a mulher pegou carona com algum conhecido. A 38ª DP investiga o caso como feminicídio

Sarah Peres
postado em 21/10/2019 16:43

[FOTO1]Familiares da vendedora Noélia Rodrigues de Oliveira, 38 anos, acreditam que o assassinato dela teria sido planejado e possivelmente executado por algum conhecido. Dois irmãos, dois sobrinhos e o marido da vítima , Marclos Paulo Mendes Santana, 42, compareceram à 38; Delegacia de Polícia (Vicente Pires) para prestar esclarecimentos, na tarde desta segunda-feura (21/10). O caso é tratado como feminicídio.

O corpo de Noélia foi encontrado na sexta-feira (18/10), na Colônia Agrícola 26 de Setembro, em Vicente Pires. Ela desapareceu na noite do dia anterior, por volta das 22h, depois de deixar a loja em que trabalhava, em um shopping da Asa Norte.
Para Arthur Henrique de Oliveira, 28, sobrinho da vítima, Noélia não foi obrigada a entrar no veículo de um desconhecido. ;Achamos que ela conhecia quem fez isso. Toda a ação indica que pode ter sido um crime planejado. Todos os dias eu durmo me perguntando quem iria querer fazer um mal desses para a minha tia. Foi um ato de extrema covardia;, lamenta o tenente do Exército, morador de Ceilândia.

A dúvida é o que mais assombra a família, além do medo de o assassinato não ter respostas. ;Minha tia morre todos os dias quando não descobrimos quem fez essa crueldade com ela. Estamos sofrendo muito com tudo isso. Especialmente porque minha tia sempre foi uma pessoa responsável e cuidadosa. Tudo o que ela fazia era para os filhos;, destaca Arthur Henrique.

Noélia tem um filho de 16 anos, fruto do primeiro casamento. Do segundo relacionamento, vieram uma menina de 9 e um menino de 5. A família já está em contato com psicólogos para auxiliarem os filhos a lidarem com o trauma.

De acordo com outro sobrinho da vítima, o advogado Marcus Aurélio Oliveira, 27, as crianças estão tentando entender o que aconteceu com a mãe deles. ;Os mais velhos estão muito abalados. A menina chora o tempo todo. Eu contei ao mais novo o que tinha acontecido, disse que a tia Noélia agora vivia no céu. A gente tenta se manter forte, mas escutar e ver o sofrimento deles dói demais;, acrescenta o morador de Ceilândia.

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