postado em 24/10/2019 04:16
[FOTO1]A chuva que caiu na tarde de ontem veio acompanhada de ventos fortes (de até 60 km/h) e granizo em alguns pontos do Distrito Federal, como Lago Oeste e Taguatinga. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um sinal de alerta devido à intensidade das pancadas, acompanhadas de raios e trovões. Em áreas como a Esplanada dos Ministérios, Águas Claras e Guará, houve ainda picos de energia.
A Companhia Energética de Brasília (CEB) informou, em nota oficial, que, às 14h35, uma descarga atmosférica causou distúrbio nas redes de alta tensão que alimentam a Subestação de Águas Claras, afetando 81,2 mil unidades consumidoras. ;Às 15h20, a energia foi restabelecida a todos os clientes. Não registramos ocorrências de falta de energia geral em Taguatinga, Esplanada ou Asa Norte.;
O metrô também apresentou problemas. Entre as 14h30 e as 15h15, a circulação de trens precisou ser interrompida, deixando algumas estações inoperantes. A assessoria da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou que, às 17h, no entanto, o serviço estava normalizado.
Devido aos ventos, que chegaram a 60 km/h, tapumes de obras no viaduto de entrada a Taguatinga foram derrubados. O isolamento, formado por telhas de zinco, atingiu um carro que passava pela via. Apesar do susto, ninguém se feriu. A estudante de biomedicina Mariana Saliba, 23 anos, estava em casa durante a chuva de granizo, em Taguatinga, por volta das 14h30. ;As precipitações foram fortes e, consequentemente, gerou um alagamento. A rua ficou cheia de água, mas, por sorte, não entrou nas casas;, relatou.
O Inmet informou que as chuvas devem continuar, principalmente no período da tarde, até pelo menos o fim de semana. Até lá, a temperatura máxima deve ficar entre 29 ;C e 30 ;C, enquanto a mínima será de 17 ;C. A umidade varia entre 95%, ao amanhecer, e 45%. Granizo, contudo, não deve se repetir. ;Na proporção em que vai chovendo, a atmosfera vai estabilizando e, a partir daí, é só chuva e trovoada;, explica o meteorologista Manoel Rangel.
A média de chuvas para outubro é de 231 mm, mas, até ontem, o Inmet só havia registrado 10,7 mm, isto é, aproximadamente 4,6% da média do mês. O meteorologista explica que uma massa de ar seco que predominou durante grande tempo sobre o Centro-Oeste provocou uma barreira, impedindo que as frentes frias chegassem à região. ;Mas vale lembrar que esse índice foi registrado na estação convencional (Brasília). Em outras estações, pode ter chovido mais.;
Ainda de acordo com o instituto, até o fim do mês, as chuvas serão mal distribuídas. ;Podem acontecer veranicos, que são espaços de, por exemplo, uma semana de seca dentro do período chuvoso. Não estão previstos, mas podem ocorrer;, avalia Rangel.