postado em 26/10/2019 04:07
Nenhuma a menos! Esse é o pedido urgente do conjunto de mulheres que mobilizam movimentos sociais no Distrito Federal na luta contra o feminicídio. A necessidade de chamar atenção para o assunto e cobrar providências eficazes do Estado é o que une iniciativas que acontecem na capital até o fim deste mês. A proposta de fortalecer o debate sobre as mulheres, instigou Cleudes Pessoa, 46 anos. Com ajuda de outras representantes, a assistente social marcou uma assembleia para discutir os caminhos de combate à violência doméstica e o assassinato em razão do gênero.
A Assembleia Popular das Mulheres contra o Feminicídio acontece hoje, às 15h, no Museu Nacional. A expectativa é de que as participantes cheguem a soluções para as inseguranças e necessidades das mulheres. ;É também um pedido de justiça para que casos sejam investigados e que existam medidas eficazes para enfrentar e acabar com o feminicídio;, explica Cleudes.
A também organizadora Fernanda Granja explica que a negligência e o sucateamento das políticas públicas de atenção à mulher, a desobediência do protocolo de segurança e a falta de investimento em medidas protetivas, além da cultura machista enraizada são alguns dos problemas que levam ao feminicídio. ;Queremos seguir nossos sonhos e caminhos sem violência, com segurança, sem apropriação dos nossos corpos, sem submissão, sem dominação. O nosso futuro? Construiremos. Luto é verbo.;
Em prol da segurança feminina, a Administração Regional do Recanto das Emas organiza uma caminhada contra o feminicídio. O ato está marcado para hoje, às 8h. Os organizadores se reúnem em frente à Caixa Econômica Federal, próximo ao balão de acesso à cidade. O evento ;Recanto caminha pela paz; também alerta sobre a saúde feminina durante o Outubro Rosa. A passeata se estenderá pela avenida principal e tem como ponto final a sede da Administração.
Na próxima semana, de 28 a 31 de outubro, a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, em conjunto com a Fundação Brasileira de Teatro, promove o evento Conexão Femme. O espaço vai receber especialistas que abordarão temas femininos contemporâneos, além de refletir sobre Lei Maria da Penha. O evento gratuito será na sala 306 da faculdade. Os participantes receberão um certificado de participação eletrônico.
;Precisamos discutir esse tema tão urgente e atual por toda comunidade acadêmica e social, visto que a violência é o que mais afeta a sociedade brasileira, sobretudo as mulheres, diante do aumento significativo nos casos de feminicídio;, explica a organizadora Régia Diniz. O objetivo do projeto é mostrar que a violência precisa ser vista como toda forma de violação que causa dor física ou emocional. ;É preciso romper o ciclo de violência;, afirma Régia.