postado em 30/10/2019 10:58
[FOTO1]O ex-senador Luiz Estevão está mais uma vez na mira da Polícia Federal (PF). Ele é investigado na Operação Galeria, desdobramento da Operação Lava-Jato, sob suspeita de intermediar R$ 65 milhões em compras de obras de arte sem emissão de nota fiscal.
Nas buscas e apreensões, a PF encontrou uma tabela que relacionava as obras da empresa Almeida & Dale Galeria de Arte, também investigada na Operação Lava-Jato, ao empresário. A apuração que envolve o ex-político investiga esquemas de lavagem de dinheiro de Edison Lobão e seu filho Márcio Lobão.
O valor total das transações feitas no nome de Luiz Estevão somam R$ 65.273.000,00, nos períodos de 21 de maio de 2008 e 13 de outubro de 2018.
Luiz Estevão foi preso em março de 2016 pelo escândalo nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP). As irregularidades cometidas pelo empresário começaram já na construção do fórum em 1992. Os fatos só vieram à tona em 1998 quando Estevão revelou o esquema em CPI realizada para investigar o Poder Judiciário.
O desvio, em valores da época, foi de R$ 170 milhões e culminou na prisão do juiz Nicolau dos Santos Neto, presidente do TRT-SP no período em que os desvios ocorreram. Ele foi condenado a 28 anos de prisão e cumpre regime semiaberto na Papuda.