Cidades

Roupas de bebê abandonada dentro de sacola em Taguatinga vão para perícia

De acordo com a Secretaria de Saúde, a recém-nascida está saudável e pesa 3,5 quilos. A Vara da Infância e da Juventude foi acionada e buscará a menina

Walder Galvão
postado em 01/11/2019 11:38
[FOTO1]Investigadores da 12; Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) solicitaram perícia para identificar quem abandonou uma recém-nascida dentro de uma sacola em uma via pública de Taguatinga. O caso aconteceu nesta quinta-feira (31/10), quando pedestres encontraram a criança, do sexo feminino, e a levaram para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). As roupas usadas pela bebê e a sacola em que ela estava serão analisadas pelos peritos.

De acordo com o delegado à frente do caso, Josué Ribeira da Silva, os policiais estão nas ruas em busca de imagens que possam mostrar suspeitos de terem cometido o crime. Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra uma mulher próxima ao local em que a bebê foi abandonada, carregando uma sacola. Entretanto, as imagens não estão claras para identificação.

;Conversamos com a pessoa que encontrou a bebê, porém, não acrescenta muita coisa. A recém-nascida estava em via pública, em um local de grande movimentação. Nossa suspeita é de que queriam que ela fosse encontrada;, explicou o delegado. O investigador ainda disse que outra muda de roupa estava na sacola junto com a bebê, o que reforçaria a ideia de que o suspeito queria que ela fosse recolhida.

O delegado informou que a perícia deve demorar de 30 a 45 dias para ficar pronta. ;O prazo é grande porque é necessário colher material e fragmentos papiloscópicos;, disse. Josué frisou que a pessoa responsável pelo crime deve responder por exposição e abandono de recém-nascido, que prevê pena de 6 meses a 2 anos de detenção.

Vara da Infância acionada

Por meio de nota oficial, a Secretaria de Saúde informou que a bebê está saudável e pesa 3,5 quilos. Além disso, esclareceu que a Vara da Infância e da Juventude foi acionada e buscará a criança na unidade hospitalar. De acordo com a pasta, a equipe médica do HRT batizou a recém-nascida com o nome de Maria.
Grávidas em qualquer mês de gestação ou mães que deram à luz e alegam não reunir motivação ou condições para assumir os cuidados do próprio bebê podem doá-los à adoção. O processo é acompanhado pela Vara da Infância e da Juventude. A mãe precisa passar por entrevista psicossocial e, além disso, deve procurar a Defensoria Pública para os trâmites judiciais.

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