Cidades

Laerte Bessa agride porteiro

Ex-deputado federal irritou-se com regra do condomínio onde mora, em Águas Claras, que proíbe entregas nos apartamentos após as 23h. Delegado aposentado justificou o ataque como %u201Cum momento de explosão%u201D

postado em 14/11/2019 04:16
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O ex-deputado federal Laerte Bessa (PL) envolveu-se em uma confusão no condomínio onde mora, em Águas Claras, na noite da última terça-feira. Imagens registradas pelas câmeras de segurança do local e um vídeo feito pelo porteiro do prédio mostram o político agredindo e ameaçando o porteiro. A confusão foi motivada por problemas na entrega de um pedido feito pelo ex-parlamentar por delivery. O funcionário não permitiu que o motoboy subisse com a refeição até o apartamento de Bessa, o que foi o estopim para a reação violenta.

Assim que desceu para buscar o pedido, o político agrediu com chutes e empurrões a vítima, chegando a ameaçá-la. ;Você quer morrer? Eu te mato aqui agora;, disse, depois de atingi-lo. O parlamentar, que é delegado aposentado, também fez outras ofensas ao porteiro.

O ex-deputado alega que não sabia da norma do prédio que proíbe entregas nos apartamentos após as 23h. ;Foi um momento de explosão. Achei que era algo contra mim. Por que não receber a comida?;, disse ao Correio. ;Eu tinha acabado de chegar de viagem, não tinha comida e fiz o pedido.; O ex-parlamentar adiantou que se desculpará com o funcionário. ;Estou consciente de que me excedi e, na hora oportuna, vou pedir desculpas;, explicou. O porteiro registrou ocorrência contra o ex-deputado na 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).

Soco e empurrões

A agressão ao porteiro não foi a primeira vez em que o ex-deputado federal se envolveu em confusões. Em maio de 2018, ele foi acusado de agredir o então subsecretário de Articulação Federal da Casa Civil do governo Rodrigo Rollemberg, Edvaldo Dias da Silva, durante sessão de Comissão Mista do Congresso Nacional que analisava a Medida Provisória n; 821, que tratava da criação do Ministério da Segurança Pública.

À época, Edivaldo registrou ocorrência na Polícia Legislativa por ter levado um soco, mas o deputado alegou que teria dado um tapa no peito do ex-subsecretário. O caso foi analisado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, porém acabou arquivado.

Em novembro do ano passado, Bessa se envolveu em outro problema na Câmara dos Deputados. Ele e o então deputado federal Alberto Fraga (DEM) discutiram e trocaram empurrões no Plenário após Fraga fazer críticas ao, à época, governador eleito Ibaneis Rocha (MDB).

Policial civil aposentado e ex-diretor da corporação, Laerte Bessa foi deputado federal até 2018. Nas últimas eleições, tentou se reeleger pelo PL, mas ficou de fora da Câmara. Ele recebeu 28,5 mil votos. O nome dele chegou a ser cogitado para comandar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na gestão de Ibaneis. O novo órgão, que substituiria a Casa Militar, não foi criado pelo emedebista, deixando Bessa de fora do governo.


"Estou consciente de que me excedi e, na hora oportuna, vou pedir desculpas;
Laerte Bessa,
ex-deputado federal

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