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Correio Braziliense
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postado em 15/11/2019 04:06
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Hermeto deve voltar à CPI do Feminicídio

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) derrubou ontem medida protetiva de Vanusa Ferreira, ex-mulher do deputado distrital Hermeto (MDB). Ela acusou o marido de assédio moral, perseguição e ameaças. Mas a decisão manteve a proibição de contato pessoal e telefônico entre os dois e proibiu que a ex-mulher e o deputado se aproximem a uma distância de 100 metros da casa um do outro. Para a defesa de Hermeto, a decisão demonstra total impropriedade das acusações e que, ao final do processo, ficará demonstrada sua inocência e o uso abusivo da Lei Maria da Penha por parte da ex-mulher. Hermeto é integrante da CPI do Feminicídio, mas está de licença médica. Com a nova decisão da Justiça, ele deve reassumir o cargo na investigação sobre violência contra a mulher.



MPDFT escolhe novo integrante para o CNMP
Depois de ter um de seus integrantes rejeitado pelo plenário do Senado, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) escolheu ontem a nova indicação para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa Barreto, indicou o seu chefe de gabinete, o promotor Moacyr Rey Filho, para a vaga que antes vinha sendo ocupada pelo promotor Dermeval Farias Gomes Filho. O nome de Demerval foi vetado pela maioria do Senado num acordo para eleger para a Corregedoria Nacional do MP um membro mais afinado com o Congresso e mais crítico à Operação Lava-Jato e ao coordenador da força-tarefa em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Moacyr integrou, como segundo colocado, a lista tríplice eleita pela classe. Teve 210 votos e ficou cinco votos atrás do primeiro colocado, o promotor Elísio Teixeira Lima Neto. A ex-procuradora-geral de Justiça do DF Eunice Amorim Carvalhido estava em terceiro lugar, com 137 votos. A indicação agora volta ao Senado para aprovação e depois ainda passa pelo crivo do presidente Jair Bolsonaro.


Com discurso moderado, presidente
do Sindicato dos Delegados é reeleito
O delegado Rafael Sampaio foi reeleito para a presidência do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do DF (Sindepo-DF), na noite desta quarta-feira, e permanecerá à frente da instituição pelos próximos três anos. Ele recebeu 309 votos válidos, contra 215 de seu adversário, Waldek Fachinelli Cavalcante (chapa 1). O vice-presidente da entidade será o delegado Marcelo Portela. Rafael defende um discurso mais moderado em relação ao governo de Ibaneis Rocha, enquanto o delegado Waldek era favorável a engrossar o tom em relação à demora no pagamento da paridade de salários da Polícia Civil aos da Polícia Federal. A disputa para a presidência da Adepol terrminou com a eleição do delegado Amarildo Fernandes, da mesma chapa que Rafael Sampaio. Ele recebeu 269 votos, contra 265 obtidos pelo delegado Rodrigo Larizzatti. O delegado Gustavo Araújo será o vice-presidente.




À QUEIMA-ROUPA


Delegado Rafael Sampaio

Presidente do Sindepo-DF

Qual foi o discurso da campanha que convenceu
a maioria dos delegados
a apoiar a sua reeleição?
Nós trouxemos a realidade do que vivemos hoje. Somos muito mais ouvidos pelo governo. É um governo que respeita a Polícia Civil. Temos três anos pela frente de boas perspectivas, com discurso moderado. Não é o momento de um discurso agressivo, como o outro candidato defendia.

Os delegados acreditam que a paridade vai sair?
A maioria está confiante. No nosso ponto de vista, o governo está empenhado. Agora que será enviado o reajuste dos militares e não haverá mais nenhum óbice para que a Presidência da República edite as medidas provisórias com os aumentos.

Tem dinheiro no caixa do GDF para o
reajuste de todas as forças de segurança?
Acredito que tem. O governo não seria irresponsável de fazer essas propostas sem uma perspectiva de incremento do Fundo Constitucional do DF. O impacto do nosso reajuste, ao final de toda a recomposição, será de R$ 600 milhões ao ano. O valor é menor do que o aumento do Fundo Constitucional. Chegou-se até a se cogitar um percentual maior de aumento. Mas precisamos conversar com o governo de novo.

A vida dos delegados melhorou no governo Ibaneis?
Sem dúvida. Nós nos sentimos valorizados. Foi encaminhado o reajuste, houve mais contratações, aquisição de viaturas. A instituição melhorou.

Qual é a sua avaliação sobre o comando da PCDF até agora?
Tem sido feito um trabalho bom. O Robson (Cândido) tem conseguido que passivos sejam quitados. A questão dos voluntários saiu do papel, tínhamos uma frota envelhecida, e praticamente se resolveu. A maior parte já foi substituída. Licenças em pecúnia foram pagas. Agora estamos ansiosos com relação ao plano de saúde do DF. Esse é um pleito muito esperado pelos policiais civis.

Olhando para trás, para o governo anterior,
acha que houve falhas nas negociações
do sindicato com Rollemberg?
Fui voto vencido na assembleia sobre o reajuste proposto em juízo. Hoje os colegas concordam que se equivocaram. Mas essas avaliações são difíceis de se fazer na hora. Em retrospectiva, é mais fácil avaliar o que ocorreu. Houve alguns equívocos. Não dá para acertar sempre, mas as opções que foram feitas desde o ano passado levam a um resgaste da Polícia Civil.

Qual é o foco do Sindepo agora?
Imediatamente é a recomposição salarial. Entendo que é fundamental. A questão da saúde do servidor também. Além disso, precisamos tratar de mudanças administrativas internas, como critérios objetivos de lotação e de remoção.

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