Cidades

Policiais e bombeiros militares reagem ao projeto de reajuste

PMs e bombeiros realizaram reunião aberta na Câmara Legislativa para debater reajuste de 32,5%

Agatha Gonzaga
postado em 25/11/2019 17:12

[FOTO1]Policiais e bombeiros militares participaram, nesta segunda-feira (25/11), de reunião geral na Câmara Legislativa do DF para discutir a proposta de reajuste salarial das forças de segurança do DF. De acordo com as categorias, a proposta de 32,5% assinada e entregue ao Executivo Federal pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), na última quarta-feira, foi uma atuação enganosa. Segundo as corporações,o governo incorporou o auxílio moradia a Gratificação de Condição Especial de Função Militar (GCEF), um benefício submetido a desconto. Logo, o aumento de 32,5% não chega de forma integral aos salários dos militares.

Para o deputado Roosevelt Vilela (PSB), da forma como foi proposto, o percentual cai para 5%. ;Se pegar, por exemplo, R$ 2 mil de auxílio moradia que não é tributado, e colocar (junto) a outra rubrica que é tributada, esse valor passa a ser negativo em 27,5%. Você joga um aumento de 32,5% menos 27,5%, vai ficar um valor de 5%;, afirmou. ;A última parcela do reajuste apresentada pelo governador é para novembro de 2020. Até lá a inflação vai comer e vai ficar negativo (o percentual). Então, é uma enganação;, completou.

O deputados Hermeto (MDB) declarou que apesar de ser da base do governo, desaprova o projeto e aguarda o retorno de Ibaneis para levar o descontentamento das forças de segurança.

;O que eu disse ao governador e aos secretários de Segurança e de Economia, Anderson Torres e André Clemente, respectivamente, era de que nós teríamos um alinhamento no (salário) líquido do sub-tenente e do agente especial. Se a proposta saiu diferente, eu não compactuo;, declarou.

Reunião de bombeiros e policiais contou com a presença de três deputadosSegundo o presidente da Associação dos Militares Estaduais do Brasil, coronel Welligton Corsino, diferentemente do que assumiu o governo, as associações não concordaram com a proposta quando lhes foi apresentada.

;Nos foi apresentado e ficaram muitas dúvidas. O que nós perguntamos era se isso poderia ser mudado. Eles nos disseram que não. Então, como quem decide é o Executivo, falamos para encaminhar a proposta, mas a categoria não está de acordo como foi decidido;, informou.

Para o deputado Iolando Almeida, ainda há tempo de corrigir o erro de comunicação. ;Eles erraram ao encaminhar para o Executivo uma proposta que beneficiava só uma das forças de segurança, só depois incluíram o restante e de forma errada. Mas ainda dá tempo de corrigir essa proposta, e nós não vamos abrir mão disso;, informou.

Os deputados vão elaborar um documento com diligências dos militares para ser entregue ao GDF. De acordo com as associações, o maior foco no momento será a questão salarial. A ideia é preparar uma nova proposta para ser entregue a União.

A Secretaria de Segurança Pública informou por meio de nota que "inúmeras reuniões foram realizadas para que se chegasse aos valores finais adequados para a tropa, dentro da responsabilidade fiscal que a governança pública prega; Entretanto, diante dos últimos questionamentos sobre os valores resultantes da proposta, e considerando que estes envolvem critérios técnicos específicos da área econômica, a SSPDF solicitou que todos os índices fossem analisados pela Secretaria de Economia, para que não haja dúvidas".

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