Alan Rios
postado em 27/11/2019 07:39
[FOTO1]É preciso mudar. Especialistas que estudam as mais diversas formas de violência contra as mulheres, além das vítimas desses crimes, concordam que a sociedade não pode continuar com o mesmo comportamento. Somente neste ano, 30 mulheres morreram assassinadas no Distrito Federal por causa do gênero. Além disso, entre janeiro e outubro, a capital registrou 13 mil agressões contra elas e 524 estupros, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Para discutir como o DF pode transformar esse cenário, o Correio, em parceria com Comitê Permanente de Promoção da Equidade de Gênero e Raça do Senado Federal, promove o 1; Colóquio de Violência de Gênero e Mídia.O evento será realizado amanhã, durante a semana do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres ; a data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), ocorrido no último em 25. Após a mesa de abertura, dois painéis discutem questões de gênero na comunicação. Às 10h, tem início o debate ;Mídia e a reprodução dos estereótipos de gênero;. E, às 11h30, a discussão ;Feminicídio e a culpabilização da vítima: problema da mídia?;. Jornalistas, acadêmicos, membros do Senado e formadores de opinião participarão do encontro. O colóquio é aberto ao público.
Doutora em comunicação, Isabel Clavelin acredita que é necessário dar luz ao tema de forma responsável. ;A visibilidade é crucial para que os crimes possam ser conhecidos pela sociedade e pelas autoridades para que a gente não tenha um sentimento de impunidade. Nos últimos anos, a mídia tem tido um papel muito importante, se qualificando e abordando o tema de forma mais realista, saindo do lugar comum de culpar as mulheres;, explica a pesquisadora e professora.
Uma das representantes do Correio presente no colóquio será a editora de Opinião, Dad Squarisi. ;Os jornalistas divulgam as situações de violência e mostram os caminhos a seguir. Muitas mulheres que são vítimas acabam sendo pessoas simples, que desconhecem os recursos que podem apelar. Pela mídia, elas sabem de proteções, como as delegacias especializadas, as casas de abrigo, o disque-denúncia e mais;, conta.
Programe-se
1; Colóquio de Violência de Gênero e Mídia
Em 28 de novembro, das 9h às 13h, no auditório do Correio Braziliense (SIG Quadra 2, n; 340). Entrada gratuita. Inscrições pelo site www.correiobraziliense.com.br/ eventoscb. Vagas limitadas.