[FOTO1]O painel inicial do 1; Colóquio de Violência de Gênero e Mídia, realizado nesta quinta feira (28/11), teve como tema Mídia e a reprodução dos estereótipos de gênero. O evento ocorre a partir de uma parceria entre o Correio Braziliense e o Comitê Permanente de Promoção da Equidade de Gênero e Raça do Senado Federal.
A coordenadora de produção da editoria de Cidades do Correio, Adriana Bernardes, foi a primeira a falar e apresentou a série especial Elas no Alvo, criada neste ano para mostrar que a violência doméstica atinge mulheres de todas as idades, inclusive bebês. ;O tema é tratado no Correio de forma muito integrada em todas as editorias.;
Adriana trouxe também uma série de trabalhos já feitos pelo jornal, tanto nas matérias como em artigos de opinião, na Revista do Correio e no C.B Poder, programa feito em parceria com a TV Brasília. ;Mesmo em matérias pequenas, priorizamos o quadro de onde pedir ajuda, fornecendo telefones da polícia militar, de delegacias e de onde mais for possível a denúncia;, destacou a jornalista. ;Essa é uma questão muito inquietante para nós, que estamos do lado de cá produzindo notícia. Nós recorremos a quem trabalha com isso fazendo pesquisa e mergulhando a fundo nesse universo para nos amparar.;
Papel da fotografia
A forma como mulheres são retratadas em imagens na mídia também esteve em pauta. Sinara Bertholdo de Andrade, professora e pesquisadora de técnicas de fotografia como divulgação e metodologia de estudo, trouxe uma reflexão sobre o olhar da fotografia na identidade de gênero. "O corpo feminino é retratado na fotografia publicitária como um estereótipo de consumo. E muitas vezes esse corpo é violentado porque não atinge essa expectativa projetada."
Para a comunicadora, a representatividade na fotografia é importante para ter um olhar mais próximo do real. "Quando a fotografia é feita no lugar de fala do outro, esse olhar é construído. É importante ter um espaço onde cada um possa se ver no outro."
Credibilidade da imprensa
O painel foi encerrado por Isabel Clavelin, doutora em comunicação e assessora de comunicação da ONU Mulheres. Ela destacou a relevância da mídia na discussão de gênero. "A transformação deve se dar em ordem política e econômica. A mídia pode ajudar com essa transformação."
Ela reforçou o impacto que a imprensa pode ter na transformação social, ao tornar a informação acessível à população. ;Debater o discurso de gênero se faz mais do que necessário. Ele ajuda na mudança social.;
* Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader