postado em 04/12/2019 04:17
Servidores grevistas da Companhia Energética de Brasília (CEB) avaliam, na manhã de hoje, a contraproposta da empresa ante as reivindicações dos funcionários. A categoria cruzou os braços ontem, mantendo apenas serviços de urgência, de acordo com o Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal (Stiu/DF). O governador Ibaneis Rocha (MDB) reagiu à paralisação, definindo-a como ;injusta;; por isso, quer acelerar o processo de privatização da autarquia.
Entre as pautas da greve estão continuidade do tíquete de Natal ; pagamento dobrado do tíquete-refeição de dezembro; prosseguimento dos auxílios babá e creche (esse último prevê ganhos de R$ 1 mil até os dependentes completarem 24 anos); repasse dos lucros e resultados da empresa; o custeio de 100% do valor de medicamentos de uso continuado e 50% dos aparelhos dentários; pagamento de 60% a 90% das férias remuneradas; indenização por morte ou invalidez em acidentes fora do ambiente de trabalho; e aumento da liberação de três para sete o total de dirigentes sindicais custeados pela companhia.
Segundo João Carlos Dias, diretor do Stiu/DF, os cortes de parte desses benefícios pela CEB indica retrocesso no acordo coletivo de trabalho da categoria, de 2018. ;A nossa discussão atual é de perder menos, pois não temos nenhum avanço quanto ao reajuste salarial ou de benefícios. Nós cedemos ao longo dos anos pela situação complicada da empresa. Mas tudo tem um limite, e essas reduções esbarram na própria dignidade e nas lutas construídas;, criticou.
Em nota oficial, a CEB informou que, há 10 anos, a empresa não consegue modernizar a estrutura e os equipamentos para manter a qualidade de serviços ; inclusive, teve prejuízo de R$ 33 milhões no ano passado. A companhia alega que isso ocorreu porque ;paga uma folha excessiva, o que gerou um valor de pagamento acima dos limites regulatórios da Aneel (...), e corre risco de perder a concessão da agência por desequilíbrio econômico-financeiro.;
Sobre itens específicos, como o pagamento do tíquete natalino, a CEB indicou que não tem condições de manter o benefício e propôs, em contrapartida, reajuste do vale-refeição para R$ 1.398 ; hoje, o valor é de R$ 1,3 mil). Quanto aos auxílios babá e creche, a companhia destacou que o benefício como é proposto pelo sindicato não privilegia ;praticamente nenhum trabalhador da iniciativa privada. (...) A empresa propõe o pagamento de R$ 500 até 6 meses (do filho), além do pagamento do auxílio-creche para (crianças de) até 3 anos.;
;A direção da CEB segue otimista que as partes chegarão a um entendimento, contudo, negociou no limite responsável da sua capacidade financeira, e espera que o Sindicato pondere sobre os itens propostos. Importa mencionar que a empresa tem um plano de contingência preparado para o caso de a paralisação acontecer;, finalizou o texto.
Absurdo
O governador Ibaneis Rocha criticou a greve dos servidores da CEB durante agenda de ontem, afirmando que ;estamos no caminho certo quando trato da privatização da CEB. O que nós temos lá são absurdos dentro de acordos coletivos criminosamente feitos no passado. O que eles pedem hoje, do ponto de vista da empresa, é impossível pagar. A greve deles é injusta, penaliza a população do DF em um momento em que a cidade precisa desses trabalhadores. O que eu vou fazer daqui para a frente é acelerar o processo de privatização da empresa;.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico informou que ainda não há dados sobre empresas interessadas em comprar ou assumir a autarquia. Em agosto, no entanto, o GDF assinou contrato de prestação de serviços com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo é a estruturação do projeto de alienação à iniciativa privada do controle societário da CEB Distribuição. A previsão é de que essa empresa seja privatizada em 2020. Está definido que o governo ficará com participação minoritária de 49%.
R$ 13 milhões para
PDV na Terracap
A Câmara Legislativa aprovou ontem, em primeiro turno, o PL n; 740/2019, de autoria do Poder Executivo, que abre crédito suplementar à Lei Orçamentária Anual do DF (LOA) no valor aproximado de R$ 13 milhões, destinados para Plano de Demissão Voluntária (PDV) da Terracap. A proposta levantou debate na Casa, mas foi aprovada com três votos contrários, todos da oposição. A deputada Júlia Lucy (Novo) foi favorável à aprovação do projeto. Segundo ela, O DF sofre com orçamento prejudicado e precisa encontrar recursos para solucionar os pagamentos. ;A gente está com um problema orçamentário muito grande. Eu tenho a minha crítica em relação à Terracap, mas, nesse momento, a gente precisa organizar a nossa peça orçamentária para começar o ano de 2020. O Orçamento compete ao governo. O Executivo decide como ele será aplicado;, afirmou.
A Câmara Legislativa aprovou ontem, em primeiro turno, o PL n; 740/2019, de autoria do Poder Executivo, que abre crédito suplementar à Lei Orçamentária Anual do DF (LOA) no valor aproximado de R$ 13 milhões, destinados para Plano de Demissão Voluntária (PDV) da Terracap. A proposta levantou debate na Casa, mas foi aprovada com três votos contrários, todos da oposição. A deputada Júlia Lucy (Novo) foi favorável à aprovação do projeto. Segundo ela, O DF sofre com orçamento prejudicado e precisa encontrar recursos para solucionar os pagamentos. ;A gente está com um problema orçamentário muito grande. Eu tenho a minha crítica em relação à Terracap, mas, nesse momento, a gente precisa organizar a nossa peça orçamentária para começar o ano de 2020. O Orçamento compete ao governo. O Executivo decide como ele será aplicado;, afirmou.