Cidades

'Me apego a um fio de esperança', diz mãe de Bernardo

Mãe de Bernardo, a advogada Tatiana da Silva, diz que enquanto não tem corpo, se apega a um fio de esperança

Walder Galvão
postado em 04/12/2019 11:03
[FOTO1]A mãe de Bernardo, de 1 ano e 11 meses, tem esperança de que o filho, sequestrado pelo pai, possa estar vivo. ;Minha ficha ainda não caiu. Enquanto não tem corpo, estou me apegando a um fio de esperança. De vez em quando eu choro, mas estou tentando ser forte pela minha família;, relatou a advogada Tatiana da Silva Marques, 30, mãe do garoto, em entrevista ao Correio.
O servidor público Paulo Roberto de Caldas Osório, de 45 anos, pegou o filho na escola, na sexta-feira (29/11), e desapareceu. Ele foi preso em Alagoinhas (BA) na segunda-feira (2/12) e afirmou aos policiais que teria matado o filho e abandonado o corpo em uma rodovia.
Os investigadores da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS) estão percorrendo o trajeto feito pelo suspeito para tentar encontrar a criança. ;O suspeito disse que deu quatro remédios para o filho dormir e que ele morreu por causa disso. Em seguida, abandonou o corpo e a cadeirinha ainda na estrada;, informa o delegado à frente do caso, Leandro Ritt.

Vingança

De acordo com ela, o suspeito teria desaparecido com a criança por vingança, porque Tatiana teria procurado a Justiça para conseguir o pagamento da pensão. ;Ele disse que eu e minha mãe somos arrogantes, mas sempre tentamos ajudá-lo;, conta. Ainda de acordo com a advogada, ela e o acusado tinham boa relação e nunca tinham tido brigas. ;Não fomos casados, apenas namoramos por um período. Porém, nunca tivemos atritos. Acho que a única coisa que o incomodou foi o pedido de pensão;, afirma.

Acusado de matar a mãe

De acordo com a investigação da DRS, o suspeito ficou preso por 10 anos pelo assassinato da própria mãe. O caso aconteceu em 1992, quando ele esfaqueou a mulher e ateou fogo contra ela. O acusado de sequestrar e matar o filho permaneceu na ala psiquiátrica, até ser considerado imputável e conseguir liberdade.

Ao Correio, Tatiana contou que não sabia que o ex-namorado havia assassinado a sogra. ;Soube disso na sexta-feira, quando ele havia combinado comigo de levar o menino na minha casa e não apareceu. Na segunda vez que fomos na residência dele, um vizinho me disse. Procuramos a polícia novamente, que puxou a ficha criminal e abrimos uma ocorrência de desaparecimento.;

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