Cidades

Morre Divino Alves, diagramador do Correio há 25 anos

Funcionário do Correio Braziliense desde 1994 e dono do jornal O Grito, Divino Alves, faleceu na tarde desta quarta-feira (4/12)

Emilly Behnke
postado em 04/12/2019 21:27
Divino Alves, diagramador do Correio BrazilienseO jornalismo brasiliense perdeu nesta quarta-feira (4/12) um dos seus maiores entusiastas. O diagramador do Correio Braziliense Divino Alves, 63 anos, faleceu após parada cardíaca. Funcionário do jornal há 25 anos, Divino era referência profissional para a equipe de diagramadores e exemplo de ser humano para os colegas da redação. Ele deixa dois filhos, Diego Alves, 31, e Vanessa Alves, 24.

Na terça-feira (3/12), antes de realizar sessão de hemodiálise Divino se sentiu mal e desmaiou. Com dores no peito e a pressão baixa, o diagramador foi encaminhado para o Hospital Alvorada Brasília, onde foi medicado. Segundo familiares, ele teve uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimado e internado. Divino estava entubado desde então, mas na tarde desta quarta-feira (4/12), por volta das 17h30, faleceu.

Diagramador há cerca de 46 anos, Divino continuava trabalhando mesmo depois de aposentado. Os problemas de saúde não o impediam de fazer o que gostava. Diariamente era submetido a sessões de hemodiálise por conta de insuficiência renal, mas a obrigação não o detinha e nem mesmo o impedia de, inclusive, trabalhar em plantões.

;Era uma pessoa sensacional, muito querida. Sofria, mas nunca reclamou;, afirmou o cunhado e colega de trabalho, também diagramador, Enir Mendes. Um dos mais antigos diagramadores do jornal, Divino trabalhava no caderno de Mundo do Correio.

Dedicação

Para quem trabalhava em parceria e ao seu lado ficará a saudade de um amigo e profissional dedicado. ;Foi um dos melhores profissionais e mais talentosos com quem eu já trabalhei. Tinha um senso único para diagramar. Pensava muito rápido. Vai fazer muita falta;, destacou Rodrigo Craveiro, subeditor de Mundo. ;O jornalismo perde um grande profissional e uma pessoa maravilhosa, positiva e bem-humorada;, completou.

Responsável pela editoria, Ana Paula Macedo, acompanhou a atuação de Divino também no caderno Brasil. ;Trabalhei com o Divino desde que entrei no jornal. Ele era um profissional competente, um colega amoroso, sempre disposto e brincalhão;, disse. De acordo com a jornalista, a criatividade e atenção com seu trabalho eram umas das principais características dele. ;A gente brincava aqui que ele era um Highlander, porque quando ele era internado no outro dia já queria trabalhar;, comentou.

A paixão de Divino pela diagramação é um ofício de família, que contagiou o filho Diego, também diagramador do Correio. ;Meu pai tinha uma vontade de viver enorme e ele sempre foi apaixonado por jornalismo e diagramação. Ele até criou um jornal;, disse. Ele e o pai cuidam da publicação O Grito, criada em 1992. O periódico comunitário aborda temas da região de Cidade Ocidental, onde Divino morava. ;Era o maior orgulho dele ver esse jornal circulando;, acrescentou Diego.

Nesta quinta-feira (5/12), amigos e familiares se despedem de Divino. O velório do diagramador será no Cemitério da Cidade Ocidental, a partir das 14h30. O enterro será às 17h.

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