Cidades

Eixo capital

postado em 08/12/2019 04:16
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Semana decisiva na Câmara Legislativa
Na última semana antes do recesso legislativo, continuam na pauta dos deputados distritais assuntos importantes para o Distrito Federal. Projetos prioritários para o Executivo devem ser votados nas próximas sessões. Mudanças nas normas de uso e ocupação do Setor de Indústrias Gráficas (SIG), definição dos limites das RAs e o novo Pró-DF são algumas das propostas que seguem à espera de avaliação. Além disso, para encerrar o ano legislativo, os parlamentares precisam votar a Lei Orçamentária Anual para 2020.

A pergunta que não quer calar;.
O salário líquido de R$ 14 mil dos secretários do DF é de fato vergonhoso, como afirmounesta semana o governador Ibaneis Rocha (MDB)?

Siga o dinheiro
R$ 1.339.653,56
Valor estimado em pregão eletrônico do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) para fornecimento, instalação, configuração de rede sem fio e outros serviços.


Projeto ambicioso
Candidato a senador pelo PRTB em 2018, o brigadeiro Átila Maia planeja se lançar à Presidência da República em 2022. A ambiciosa meta começa a ser gestada a partir da próxima quinta-feira, quando Maia faz um evento para lançar o projeto (batizado de Decola Brasil). Nas eleições do ano passado, ele ficou em oitavo lugar, com 135 mil votos.


Aniversário aberto e colorido
O distrital Fábio Félix completa 34 anos em 20 de dezembro. Para celebrar a data, ele decidiu dar uma festa aberta na boate Victoria Haus, casa voltada para o público LGBT, no próximo domingo. O tema da celebração é Mais amor, urgente. A música ficará por conta de DJs e do grupo Samba Urgente, um dos destaques da cena cultural do DF em 2019.


Cardápio de Natal
Decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB) definiu que, na semana do Natal, os restaurantes comunitários deverão servir, no mínimo, uma refeição com cardápio especial. A iniciativa faz parte do Programa Nosso Natal, instituído pelo emedebista. Paralelamente, as administrações regionais, estabeleceu o chefe do Executivo local, deverão organizar ações sociais nos restaurantes nesse período.


Contra o aumento no fundo eleitoral
Um dos parlamentares que votou contra o aumento do fundo eleitoral na legislatura passada, o senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF) tem posicionamento forte contra a tentativa de aumentar os recursos repassados aos partidos e diz que vai lutar contra a proposta. ;Isso é um acinte e um verdadeiro escárnio com o contribuinte brasileiro;, afirmou.


Lançamento
O ex-procurador-geral de Justiça do DF José Eduardo Sabo Paes lança, na próxima quarta-feira, a 10; edição do livro Fundações, associações e entidades de interesse social. O evento ocorre, a partir das 16h, no Salão Nobre da Legião da Boa Vontade (LBV).

Sinfonia cinematográfica no Ministério Público
Para celebrar o Dia Nacional do Ministério Público (comemorado em 14 de dezembro), a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, sob a regência do maestro Cláudio Cohen, apresentará trilhas sonoras de clássicos do cinema, como Star wars. O evento ocorre amanhã no auditório da sede do MPDFT (Eixo Monumental, Praça do Buriti), e é aberto ao público.

Só papos


;O Senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, votou a favor do projeto que tirou R$ 500 mi da saúde e mandou para o Fundo Eleitoral. E ainda teve a indecência de dizer que ;votou por engano;. Qualquer trabalhador seria demitido por um ;engano; de R$ 500 mi;
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador



;Agora já passou, não tem mais como voltar atrás. O que eu posso fazer é me comprometer a jamais, eu, Flavio Bolsonaro, jamais vou usar recursos do Fundo Eleitoral;
Flávio Bolsonaro, senador

Mandou bem
A Justiça ao suspender a nomeação de Sérgio Camargo para a presidência da Fundação Palmares. Ele fez declarações de que a escravidão ;foi terrível, mas benéfica para os descendentes;.

Mandou mal
O deputado estadual de São Paulo Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei. O parlamentar youtuber insultou colegas de Casa e provocou confusão generalizada.



À QUEIMA-ROUPA

Professor Israel Batista (PV-DF), deputado federal

Com a participação na Comissão Externa de Acompanhamento do Ministério da Educação, qual sua visão sobre a atuação do MEC neste governo?
A minha visão é de preocupação. Primeiro, porque foi um ano sem execução orçamentária em diversas áreas. Gastou-se muito tempo em debates infrutíferos, lutando contra moinhos de ventos. Foi um ano sem orçamento, com dinheiro que já existe lá sem ser investido. Criou-se um campo de batalha nas redes sociais e gastou-se energia enorme em assuntos polêmicos, mas assuntos importantes não foram tratados. Não há planejamento, iniciativa. Como o MEC está perdido, municípios e estados também ficam perdidos. A minha visão é de que foi uma atuação invencionista, preocupada com assuntos polêmicos, mas que abandonou a resolução de problemas históricos que são consenso entre os diversos .

Na comissão, o senhor fez o relatório sobre a formação dos professores. O que nos falta, quais os principais problemas?
Primeira coisa é que a formação inicial dos professores brasileiros é muito deficiente. São currículos muito teóricos e fragmentados. É muita teoria e pouca prática. Também temos epidemia de ensino a distância nas licenciaturas em pedagogia. Então, esses fatores somados trazem uma baixa qualidade na formação dos professores no Brasil. Há um fator agravante: o ministério não se entende sobre qual deve ser o currículo dos professores. Há quatro secretarias dentro do MEC que não se decidem sobre isso. Logo, os estados e municípios também não se entendem. Não há critérios para definir o que é bom e o que é ruim, e não se consegue fiscalizar a qualidade dos cursos que temos.

A que se deve o resultado do Brasil no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes)?
Primeira coisa que a gente precisa dizer é que o Brasil melhorou muito pouco em relação ao que deveria melhorar. Nossos estudantes não conseguem identificar a ideia central de um parágrafo, fazer a conversão do real para o dólar aos 15 anos. É um problema antigo, que vem se arrastando. Se olharmos o filme da educação, veremos que ela vem melhorando, mas, quando olhamos a fotografia, a gente se assusta porque ainda é muito ruim. O problema mais grave está na educação infantil e fundamental, porque não temos investido em formação docente. Outra questão grave é a falta de sequência das políticas públicas. O processo de melhoria da educação é evolutivo e não revolucionário. Então, é preciso de tempo, de continuidade e de sequência para avançarmos.

Que avaliação o senhor faz da educação no governo Ibaneis?
Tenho sentido no DF uma menor atenção a esse tema. O tema da segurança pública capturou a atenção do poder público no DF. Estamos descontinuando políticas que eram importantes. A militarização das escolas foi colocada como a panaceia, como única solução. Não acho que o modelo seja totalmente equivocado, mas estamos abraçando esse sistema como se fosse salvar tudo. A gestão compartilhada deve ser com universidades, com a Secretaria de Cultura, com as embaixadas. Precisamos transformar a escola numa responsabilidade coletiva. Só com a Polícia Militar dentro dos colégios coloca-se uma pressão enorme na PM e cria-se a falsa impressão de que tudo será resolvido.

O senhor disse que políticas importantes foram deixadas de lado no DF. Quais são elas?
Precisamos focar na preparação de adolescentes da periferia para universidades. Eles farão o Enem e o vestibular, precisam de apoio para isso. Temos de dar continuidade à ampliação e à revigoração dos Centros Interescolares de Línguas (CIL). Poucas atividades escolares interferem tanto na carreira profissional quanto o aprendizado de uma língua estrangeira. Então, precisamos voltar a dar atenção urgentemente a isso e ampliar e melhorar a estrutura dos CILs.

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