Cidades

'Vamos atrás de justiça', diz família de homem morto por PM em Águas Claras

Revoltados, familiares de Kley Hebert Gusmão, 51, não se conformam com o caso

Walder Galvão
postado em 11/12/2019 12:21
[FOTO1]O clima de revolta marca o velório de Kley Hebert Gusmão, 51 anos, morto com um tiro por um policial militar em Águas Claras. Familiares da vítima não se conformam com o crime e pedem por justiça. ;É um absurdo que isso tenha acontecido e o policial tenha saído impune. Não podemos deixar a vida de um inocente ser tirada dessa forma;, ressaltou a madrasta de Kley, Mônica Bona, 60.

A cerimônia fúnebre começou por volta das 8h desta quarta-feira (11/12), na Capela 9 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Cerca de 50 pessoas, entre e amigos e familiares, se reuniram para se despedir de Kley. ;Ele tinha dois filhos e perdeu a esposa há cerca de 5 anos. Como essas pessoas vão ficar?;, questiona Mônica.

De acordo com ela, Kley era uma boa pessoa e que não faria mal a ninguém. ;Se esse PM tinha problema com ele, por que não procurou a polícia? Esse militar não acabou só com uma pessoa, mas, sim, com uma família;, lamentou Mônica.

A mulher ressalta que, até o momento, as polícias Civil e Militar não deram nenhum posicionamento sobre o ocorrido para os familiares. ;Estamos em choque. Até agora, não nos foi dito nada. Tem um vídeo do momento da morte que mostra que ele não tinha condições de se defender. Porém, vamos atrás de Justiça;, destacou.

Entenda o caso

Na segunda-feira (9/11), uma discussão entre vizinhos terminou em tragédia. Um policial militar atirou contra Kley, no Areal, em Águas Claras. A vítima foi socorrida ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas não resistiu ao ferimento morreu horas depois.

De acordo com o registro da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o policial se dirigia à portaria do prédio para registrar uma reclamação por perturbação. Ele se encontrou com Kley nas escadas de um dos blocos, e os dois começaram uma briga física.

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