postado em 11/12/2019 23:44
[FOTO1]Após investigação, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou a mãe da recém-nascida supostamente abandonada dentro de um saco plástico, em Sobradinho, no dia 18 de novembro. O morador que teria encontrado a criança dentro da sacola é avô materno dela.
Segundo a PCDF, a mulher de 36 anos deu a luz sozinha, na própria casa, em Santa Maria. Em seguida, ligou para o avô da criança e pediu ajuda para encontrar um destino à recém-nascida, alegando se tratar da filha de uma amiga.
Aos investigadores, a mulher disse que a gravidez seria consequência de um estupro e que não teria condições de criar a menina. Além da recém-nascida, ela tem oito filhos. Por este motivo, teria pedido ajuda e mentido para o avô da criança. Ao receber a ligação, o pai da mulher se dirigiu até a casa dela, buscou a criança e a levou até a sua residência, em Sobradinho.
Segundo o delegado Hudson Maldonado da 13; Delegacia de Polícia (Sobradinho), o homem teria cogitado ficar com a menina. No entanto, ao perceber que a recém-nascida ainda tinha o cordão umbilical, ele teria se assustado e pedido ajuda a uma vizinha. Eles fizeram contato com o Corpo de Bombeiros (CBMDF), que foi até o local e encaminhou a criança ao Hospital Regional de Sobradinho (HRS).
De acordo com Maldonado, a mulher escondeu a gravidez da família e de colegas de trabalho. Os colegas teriam questionado as mudanças no corpo da mãe, mas ela teria negado a gestação sob a alegação de ter apenas ter ganhado peso.
Ainda segundo o delegado, a mãe e o avô da criança não devem responder pelo crime de exposição ou abandono de recém-nascido, já que a menina não teria sido exposta a nenhum perigo concreto. ;Isso não aconteceu. Ela saiu dos braços da mãe para os braços do avô e, pouco tempo depois, foi entregue ao Corpo de Bombeiros. Ela nasceu saudável, com mais de três quilos. Chegou a vomitar leite. O que é um sinal de que tinha sido amamentada poucas horas antes;, disse Maldonado.
No entanto, a polícia trabalha com a possibilidade de enquadrar a mãe e o avô da criança no crime de comunicação falsa de crime. Os investigadores também realizarão exames de DNA para comprovar o parentesco da criança com a mãe e o avô.
A menina está em um lar substituto, sob a supervisão do Conselho Tutelar e da Vara da Infância e da Juventude (VIJ-DF) até a decisão da Justiça sobre seu destino.